Olá, pessoal!
Recentemente finalizei
a leitura do livro Sobre a Escrita – Stephen King. O livro traz dicas muito
interessantes sobre o ofício. O autor, de forma cativante e objetiva, traz
informações valiosas, principalmente aos aspirantes a escritor. Não há nenhuma
fórmula mágica sobre como se tornar um escritor de sucesso, mas o livro lança
uma luz aos que (como eu) buscam aprimorar a escrita. Gostei muito! Tanto, que
decidi compartilhar com vocês, de forma sintetizada, os principais “conselhos
do mestre King”.
Sobre a Escrita
By Stephen King
- Fórmula: SEGUNDA VERSÃO = PRIMEIRA VERSÃO – 10%
- A escrita é o pensamento refinado. Refine seu pensamento o
máximo que você puder. Refinar é simplificar.
- Lembre-se: escrever é seduzir.
- Evite a voz passiva, ela deixa tudo muito impessoal.
Observe os exemplos: “A porta foi fechada” / “Ele fechou a porta”.
- Evite os advérbios, eles são uma PRAGA. Analisemos a
frase: “Peter encarou a mulher, FRIAMENTE’. Perceba que se você precisou
utilizar o advérbio “FRIAMENTE”, é porque não fez o seu trabalho direito. A
condição anterior do texto já deveria de algum modo ter mostrado isso (que o
olhar de Peter seria frio). Evite os advérbios também nos verbos
“discendis”, exemplo: “Disse ele, calmamente”/ “Vociferou, Paul”. A prosa
deve deixar isso bem claro anteriormente.
- Pare ter uma boa escrita é fundamental que você domine os fundamentos
básicos: vocabulário, gramática e estilo.
- Nunca se apaixone por nenhuma palavra em especial. Caso
isso aconteça, você tende a repeti-la indiscriminadamente no texto.
- No seu livro, coloque pelo menos um personagem em “situação
difícil” e veja como ele se sai.
- Personagens rasos não cativam o leitor.
- Fuja das descrições detalhadas. Encontre um meio termo.
Deixe que o leitor faça a parte dele. Um livro onde o autor se encarrega de
tudo é, no mínimo, chato. Veja os exemplos: em vez de: “Ela tinha olhos azuis
que denotavam certa melancolia”, prefira: “Lea tinha olhos tristes”.
- Lembre-se: a descrição começa na cabeça do autor e termina na cabeça
do leitor.
- Regra de uma boa ficção: nunca diga algo que você
pode, em vez disso, mostrar. Apenas mostre o caminho e permita
que o leitor faça as escolhas.
- Seja sincero nos diálogos. Às vezes “merda” soa melhor que
“coco”. Observe as pessoas, como elas conversam. Os diálogos devem chegar o
mais próximo do real possível. Procure analisar o perfil do personagem para ver
como ele fala, ou seja, suas características: se é culto, ignorante, se mora
numa cidade grande, no interior, etc.
- Não tenha vergonha do que você escreve. Você não está
escrevendo para a “Legião da Decência do Circulo de Leitura das Senhoras
Cristãs”.
- Quando escrevemos, a câmera está em nós. Devemos apenas mostrar ao
leitor qual caminho seguir, só isso.
- Na frase, deixe o mais importante por último. Exemplo: 1)
– “John o matou com uma faca”. 2) – “Com uma faca, John o matou”.
- Na ordem das coisas: utilize sempre frases sínteses seguidas de frases
descritivas.
- No pano de fundo, atenha-se ao que é de fato interessante. Não
descreva coisas que só são importantes para você. Panos de fundo muito
extensos entediam o leitor, fazendo-o abandonar o livro.
- Criticas: todas as criticas devem ser sempre levadas
em consideração, mas dê atenção especial às criticas fundamentadas: sobre a
linguagem usada ou do sentido narrativo do texto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário