terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Dicas de como aprimorar a escrita por Stephen King - "Sobre a Escrita"

Olá, pessoal!

Recentemente finalizei a leitura do livro Sobre a Escrita – Stephen King. O livro traz dicas muito interessantes sobre o ofício. O autor, de forma cativante e objetiva, traz informações valiosas, principalmente aos aspirantes a escritor. Não há nenhuma fórmula mágica sobre como se tornar um escritor de sucesso, mas o livro lança uma luz aos que (como eu) buscam aprimorar a escrita. Gostei muito! Tanto, que decidi compartilhar com vocês, de forma sintetizada, os principais “conselhos do mestre King”. 




Sobre a Escrita
By Stephen King


- Fórmula: SEGUNDA VERSÃO = PRIMEIRA VERSÃO – 10%

- A escrita é o pensamento refinado. Refine seu pensamento o máximo que você puder. Refinar é simplificar.

- Lembre-se: escrever é seduzir.

- Evite a voz passiva, ela deixa tudo muito impessoal. Observe os exemplos: “A porta foi fechada”  /  “Ele fechou a porta”.

- Evite os advérbios, eles são uma PRAGA. Analisemos a frase: “Peter encarou a mulher, FRIAMENTE’. Perceba que se você precisou utilizar o advérbio “FRIAMENTE”, é porque não fez o seu trabalho direito. A condição anterior do texto já deveria de algum modo ter mostrado isso (que o olhar de Peter seria frio). Evite os advérbios também nos verbos “discendis”, exemplo: “Disse ele, calmamente”/ “Vociferou, Paul”. A prosa deve deixar isso bem claro anteriormente.

- Pare ter uma boa escrita é fundamental que você domine os fundamentos básicos: vocabulário, gramática e estilo.

Nunca se apaixone por nenhuma palavra em especial. Caso isso aconteça, você tende a repeti-la indiscriminadamente no texto.

- No seu livro, coloque pelo menos um personagem em “situação difícil” e veja como ele se sai.

- Personagens rasos não cativam o leitor.

- Fuja das descrições detalhadas. Encontre um meio termo. Deixe que o leitor faça a parte dele. Um livro onde o autor se encarrega de tudo é, no mínimo, chato. Veja os exemplos: em vez de: “Ela tinha olhos azuis que denotavam certa melancolia”, prefira: “Lea tinha olhos tristes”.

- Lembre-se: a descrição começa na cabeça do autor e termina na cabeça do leitor.

- Regra de uma boa ficção: nunca diga algo que você pode, em vez disso, mostrar. Apenas mostre o caminho e permita que o leitor faça as escolhas.

- Seja sincero nos diálogos. Às vezes “merda” soa melhor que “coco”. Observe as pessoas, como elas conversam. Os diálogos devem chegar o mais próximo do real possível. Procure analisar o perfil do personagem para ver como ele fala, ou seja, suas características: se é culto, ignorante, se mora numa cidade grande, no interior, etc.

- Não tenha vergonha do que você escreve. Você não está escrevendo para a “Legião da Decência do Circulo de Leitura das Senhoras Cristãs”.

- Quando escrevemos, a câmera está em nós. Devemos apenas mostrar ao leitor qual caminho seguir, só isso.

- Na frase, deixe o mais importante por último. Exemplo: 1) – “John o matou com uma faca”. 2) – “Com uma faca, John o matou”.

- Na ordem das coisas: utilize sempre frases sínteses seguidas de frases descritivas.

- No pano de fundo, atenha-se ao que é de fato interessante. Não descreva coisas que só são importantes para você. Panos de fundo muito extensos entediam o leitor, fazendo-o abandonar o livro.


- Criticas: todas as criticas devem ser sempre levadas em consideração, mas dê atenção especial às criticas fundamentadas: sobre a linguagem usada ou do sentido narrativo do texto.


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