Censo do Livro Digital
mostras que mercado ainda engatinha no Brasil
Apenas
37% das editoras brasileiras produzem e vendem e-books. Já as receitas com a
comercialização de livros digitais representam 1,09% do faturamento total das
editoras, alcançando R$ 42.543.916,96. Esses números, que revelam uma chegada
ainda tímida dos e-books no país, foram revelados pelo 1º Censo do Livro
Digital, uma iniciativa inédita do Sindicato Nacional dos Editores de Livro
(Snel) e da Câmara Brasileira do Livro (CBL).
O
estudo, realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe),
analisou dados relativos ao ano de 2016 de 794 editoras, das quais apenas 294
trabalham com livros digitais. O objetivo foi fazer um diagnóstico dos e-books
no país que sirva de base para comparação nos próximos anos. A Fipe já realiza,
anualmente, a Pesquisa Produção e Vendas do Mercado Editorial Brasileiro.
Para
Marcos da Veiga Pereira, presidente do Snel, a primeira reação ao ver o
resultado do censo foi de surpresa. Pereira ressalta que as obras
autopublicadas nas plataformas da Amazon e da Saraiva não foram computadas
porque as empresas não abrem os números.
—
A surpresa foi a quantidade de editoras que produzem e comercializam e-books no
Brasil. É um índice abaixo do que eu esperava — diz Pereira.
Já
Luís Antônio Torelli, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), admite
certa decepção com o número, mas acredita numa influência negativa da crise que
afeta o setor há alguns anos.
—
Estamos vivendo uma crise horrorosa. Temos observado uma queda do número de
novos ISBNs (que reflete um número menor de lançamentos). O e-book ainda é uma
novidade que exige investimento para ser bem feito. Acredito que as editoras
estejam com o pé no freio — afirmou Torelli.
Fonte: O Globo
Fonte: O Globo
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