Dezenas
de escritores afro-americanos foram monitorados, durante décadas, pelo FBI,
segundo um livro que será publicado neste mês nos Estados Unidos. A descoberta
foi feita a partir da análise de documentos — até então confidenciais —
produzidos pela organização policial entre as décadas de 30 e 70, período em
que o FBI foi chefiado por John Edgar Hoover.
Os documentos, que juntos somam mais de 1,8 mil páginas, detalhavam as atividades de mais de 50 autores e criticavam as suas obras. O acadêmico William Maxwell, responsável pela descoberta, afirmou que Hoover comandou os monitoramentos impulsionado pela sua crença de que literatura poderia incentivar movimentos de esquerda e protestos promovidos por afro-americanos.
No
livro "FB eyes: How J Edgar Hoover’s ghostreaders framed African American
literature", William Maxwell argumenta ainda que Hoover tinha um
"fascínio pela cultura negra" e que o "FBI é, talvez, a mais
dedicada e influente (organização) crítica à literatura afro-americana". Ao jornal inglês
"The Guardian", o acadêmico afirmou que Hoover via uma
"crescente relação entre a alfabetização negra e o radicalismo
negro". Veja a lista
de alguns escritores monitorados pelo FBI.
Fonte: O Globo
Fonte: O Globo
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