quarta-feira, 25 de março de 2015

Paulo Coelho cancela participação no Salão do Livro de Paris


O escritor Paulo Coelho cancelou sua participação no Salão do Livro de Paris nesta segunda-feira.

Não havia horário definido para a participação de Coelho no pavilhão brasileiro, já que o escritor, que estava em Santiago de Compostela, não sabia quando conseguiria chegar na França.

O autor tinha prometido à curadora do evento, Guiomar de Grammont, que estaria presente na segunda. Durante todo o evento, porém, havia uma suspeita geral de que ele poderia não aparecer.


Coelho repete a Feira de Frankfurt de 2013, quando também cancelou sua presença de última hora na delegação de 70 escritores brasileiros. Na época, sua justificativa foi a ausência de outros nomes da cena literária do país, como Raphael Draccon.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Autor de "A Outra Sombra" assina contrato com editora americana

Um ano após lançamento no Brasil, livro ganha versão em Inglês

A Outra Sombra - Divulgação

O escritor paranaense Max Moreno assinou contrato com a editora americana American Star Books. O autor terá seu livro (A Outra Sombra – publicado no Brasil pela Editora Multifoco em março de 2014) traduzido para o Inglês, publicado e comercializado nos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra. Max nos conta que ficou surpreso ao receber o “sim” da editora, que demonstrou interesse na tradução e publicação da obra.

De acordo com Moreno, a America Star Books segue o mesmo padrão de publicação das editoras consideradas “tradicionais” no Brasil. Neste método de publicação, todo o investimento na produção, tradução e editoração do livro, fica sob a responsabilidade da editora, que, por acreditar no potencial da obra, assume todos os riscos.

AOutra Sombra (versão em Inglês) tem previsão de lançamento ainda para este ano de 2015. O livro estará disponível nas livrarias físicas e virtuais dos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra.

Sobre o autor

MaxMoreno é escritor romancista, poeta, radialista, redator e professor de Inglês. Seu livro de estreia (A Outra Sombra) foi um dos mais comentados e resenhados na Internet, rendendo matérias em vários sites conceituados no Brasil, entre eles o Portal R7 da Rede Record.

Fonte: CRN Online


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Edição
: (1) (2014) 
ISBN: 9788582735640 
Número de páginas: 240 
Tópicos: 
Literatura Nacional. 
Gênero: 
suspense, romance, ficção.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Salão do Livro de Paris homenageia Brasil


De olho nas grandes feiras, o Brasil se preparou para internacionalizar sua literatura. Com o Programa de Apoio à Tradução reformulado e reforçado por bolsas generosas da Biblioteca Nacional, foi homenageado na Feira de Frankfurt em 2013, maior salão de negócios do mercado do livro, e repetiu a dose na Feira de Bolonha no ano seguinte. Agora, às vésperas do Salão do Livro de Paris, que acontece de 20 a 23 de março, e no qual terá outra vez lugar de destaque com uma delegação de 43 escritores, o desafio é continuar o trabalho de divulgação em um cenário de crise econômica. Dois anos depois da opulência de Frankfurt, a literatura nacional chega a mais um evento com a certeza de resultados sólidos, mas em meio a dúvidas sobre o futuro. Editores, agentes e tradutores temem que uma provável diminuição do orçamento do Ministério da Cultura tenha impacto no incentivo à tradução.

— Em Frankfurt, falamos só de literatura e mostramos nossos escritores; em Paris, corremos o risco de nos perguntarem apenas sobre a crise — afirma a agente Lucia Riff, que representa autores no mercado brasileiro e internacional. — Temos razões para nos preocupar. Os contratos com editoras estrangeiras são firmados na dependência da bolsa. Sem ela, a literatura brasileira não viaja.

A agente, que representa Marina Colasanti e Sergio Rodrigues, entre outros autores que estarão na delegação brasileira em Paris, já nota os efeitos da crise, com cortes nas bolsas de tradução e no apoio a viagens.

— Nos prometeram um projeto a longo prazo, que iria pelo menos até 2020. É essencial que ele seja mantido.


Os agentes, tradutores e editores ouvidos pelo GLOBO são unânimes: desde que passou a receber mais recursos orçamentários, em 2011, o programa de bolsas de tradução (criado em 1991) foi responsável por uma virada inédita na projeção da nossa literatura no exterior. Os números comprovam. Em apenas três anos, até junho de 2014, o projeto ajudou a publicar 456 livros de autores nacionais em cerca de 30 países — mais do que o dobro que todos os trabalhos apoiados nos 20 anos anteriores (226, entre 1991 e 2010).


quarta-feira, 11 de março de 2015

Uma seleção de filmes para ler em casa

Obras que viraram filmes: ‘A Mulher de Preto’ e ‘Para Sempre Alice’
Foto: Montagem Viviane Schaak / CP

A ordem não importa, pois você pode ler o livro antes e assistir ao filme depois; ou ver a fita, para logo conferir o que o roteiro aproveitou de melhor. Livros que geraram filmes podem ser encontrados nas boas livrarias do ramo, tais como “Para Sempre Alice”, “A Mulher de Preto 2”, “O Sétimo Filho” e até a obra que gerou a minissérie da HBO, produzida por Steven Spielberg, “The Pacific”. Hugh Ambrose é o autor deste livro de guerra, já em exibição no Brasil.

Na próxima quinta-feira deve estrear a adaptação do livro “Para sempre Alice” (Nova Fronteira) que deu o Oscar de Melhor Atriz do Ano para Julianne Moore. O livro de Lisa Genova narra a história de uma professora de Psicologia da Universidade de Harvard, bem casada e com três filhos, que enfrenta, aos 50 anos, o diagnóstico de Alzheimer de instalação precoce.

Também estreia “O Sétimo Filho” (Bertrand Brasil), de Joseph Delaney, que narra “As Aventuras do Caça-Feitiço”. A saga de Delaney é campeã de venda e já recebeu prêmios literários. Só no Brasil já vendeu mais de 100 mil exemplares. O filme, com Ben Barnes e Jeff Bridges, reúne as histórias dos dois primeiros títulos (“O Aprendiz” e “A Maldição”). São sete volumes ao todo, já publicados no Brasil. Os outros são “O Segredo”, “a Batalha”, “O Erro”, “O Sacrifício” e “O Pesadelo”. Com a estreia da fita, a editora começa a relançar todos os títulos com capas novas, tendo por base o filme.


O sucesso dos filmes tem rendido relançamentos de títulos já nas telas dos cinemas. O drama de horror, “A Mulher de Preto 2”, de Martin Waites, já saiu com a capa cinematográfica, mas “Cinquenta Tons de Cinza” e “Antes de Dormir”, de S. J. Watson, ganharam novas reedições.

Fonte: Correio do Povo

terça-feira, 10 de março de 2015

Literatura de cunho feminista ainda é tímida no Brasil, diz escritora

Lenna Dunham é um dos exemplos contemporâneos
 de apoio à liberdade feminina na TV e na literatura
Foto: Getty Images / Divulgação / CP

Da mesma maneira que Patrícia Arquette jogou luz sobre a discussão do reconhecimento das mulheres no cinema, o mesmo se repete na literatura. O número de livros publicados sobre o chamado "empoderamento feminino", nos últimos anos, resceu significativamente. Títulos que variam de ensaios feministas, como "Meu Corpo Não É Seu", do coletivo Think Olga, aos best-sellers, como "Por Que os Homens Amam as Mulheres Poderosas", de Sherry Argov, que, segundo a editora Sextante, bateu a marca de um milhão de exemplares vendidos no país.

No entanto, para algumas ativistas da causa, o volume de títulos publicados ainda é incipiente. Martha Lopes, escritora e fundadora do#Kd Mulheres - selo de atividades que busca promover as mulheres dentro da literatura -, explica que o mercado editorial não tem interesse em apostar em escritoras que não tenham retorno comercial garantido. "Para ser publicado por uma grande editora, um livro de cunho feminista precisa ter sido escrito por alguém midiático, como Lena Dunham ou Chimamanda Ngozi Adiche", afirma. 

A escritora nigeriana, lembrada por Martha, entrou de cabeça no tema em um TED talk que acabou transcrito, editado e publicado como "Sejamos Todos Feministas", lançado em versão e-book e recentemente publicado em formato de bolso pela Companhia das Letras. Já o livro de Dunham - idealizadora e atriz do seriado americano Girls - é um best-seller mundial. No Brasil, "Não Sou Uma Daquelas" vendeu 17 mil exemplares.
 

Apesar de o livro não ser sobre feminismo, mas, sim, um autorretrato de sua vida, Dunham está entre as celebridades internacionais que chamam atenção para o assunto na mídia - ao lado de Emma Watson, Beyoncé e Taylor Swift, entre outras - e, portanto, alcança esse público. No entanto, a grande discussão crítica de gênero, para Martha, ainda reside na internet e na academia. "O feminismo está muito apoiado. Vivemos um ‘boom’, mas ainda existem desafios", pondera. 

Um deles, segundo a ativista, parte das próprias autoras no processo da escrita. "As mulheres não se veem representadas nas livrarias, nas premiações, nas mesas de debates. Por isso, também não se sentem encorajadoras a escrever", explica, lembrando que, na Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip, do ano passado, em que participaram 38 escritores homens e nove mulheres.

Paulo Werneck, curador da Flip, afirma que o debate é válido, entretanto lembra que a festa sempre abre espaços para mulheres, algumas, inclusive, sem editora no Brasil: "Este ano, por exemplo, convidamos Mary Beard que justamente trata dessa questão do espaço da mulher nos debates públicos desde a Roma Antiga, mas infelizmente ela não pode vir", explica. "Nossos critérios são excelência de literatura e disponibilidade do autor", completa.
 

Lá fora 

Nos EUA, a situação é diferente. O número de livros sobre feminismo é crescente e rentável. Na mesma linha de Dunham, a lista de atrizes que publicaram suas histórias fazendo alusão a questões feministas só engorda, com nomes como Tina Fey, Amy Poehler, Mindy Kaling, entre outras. 


Relatando situações como dificuldades no mercado de trabalho, paridade salarial, machismo e maternidade, só para citar alguns temas, essas atrizes, agora escritoras, criaram um nicho de interesse. "O mercado norte-americano está mais estruturado nesse sentido", diz Martha. 

domingo, 8 de março de 2015

Todas as maneiras de publicar o seu livro

Bem, antes de falar de editora, a primeira coisa que você deve saber é que nunca, em hipótese alguma, você deve enviar seu original SEM REVISÃO para uma editora. Originais mal revisados e com erros básicos de Português não são nem lidos. É algo irritante para qualquer editor. Você vai ter SIM que gastar uma grana com um REVISOR PROFISSIONAL antes de sair enviando o seu original por aí.


Agora que isso já ficou bem claro, vamos às editoras. Na verdade existem várias maneiras de você ter o seu livro publicado no Brasil. Vou listar a seguir algumas das maneiras mais utilizadas atualmente.

 1 - PUBLICAÇÃO POR UMA EDITORA “TRADICIONAL”, ou seja, aquela em que você não paga para publicar. Refiro-me às editoras GRANDES: Rocco; Planeta; Objetiva; Record, etc.

VANTAGENS: se tiver a SORTE de ter um original aprovado por uma dessas editoras, você terá todo o trabalho editorial (de primeira linha) feito pela editora que, além do prestígio, lhe oferecerá todos os serviços pertinentes à publicação, criação de capa, divulgação e comercialização do seu livro.

DESVANTAGENS: Essas editoras raramente aprovam originais de autores iniciantes, principalmente brasileiros, pois não dão credibilidade a esses autores, uma vez que obter lucro com um autor iniciante é muito difícil.

2 – PUBLICAÇÃO POR UMA EDITORA COMERCIAL – Também conhecida como autopublicação, onde você paga (geralmente um valor alto) para a publicação da sua obra. Mediante tal pagamento, a editora oferece todos os trabalhos que uma editora tradicional ofereceria. Algumas editoras grandes já aderiram à essa modalidade.

VANTAGENS: Você terá o prestígio de ter o seu livro publicado por uma editora famosa.

DESVANTAGENS:  Terá de desembolsar no mínimo 5.000,00 (cinco mil reais) para ter a sua obra publicada, além de correr o risco de não recuperar o dinheiro investido, afinal, você ainda é um autor desconhecido.

3 – PUBLICAÇÃO POR EMPRESAS QUE SE DISFARÇAM DE EDITORAS:  São “editoras” que publicam sem cobrar nada do autor. Oferecem a confecção de capa e evento de lançamento do livro. Aí você deve estar se perguntando, se elas não cobram nada do autor, e são editoras pequenas, então como sobrevivem???? Boa pergunta, meu amigo... É simples, esse tipo de editora visa o lucro “em cima do autor”, ou seja, não estão nem um pouco preocupada se o seu livro é bom ou não, se é viável comercialmente ou não, pois sobrevivem vendendo os exemplares dos livros para os próprios autores, aí está o segredo. Massageiam o ego do autor (que se sentirá um grande escritor por ter o seu livro “publicado”). Na verdade o livro é impresso de acordo com os pedidos do autor.  Obs. Eu já caí nessa!

VANTAGEM: Massagem no ego com noite de lançamento, autógrafos, bla bla bla...

DESVANTAGEM: Seu livro fica com os direitos retidos nessa “editora” por pelo menos dois anos, pois eles fazem você assinar um contrato cedendo os direitos da obra por esse período. Não há divulgação do livro, não há comercialização em livrarias físicas e não há interesse nenhum no autor (exceto pela compra dos exemplares)

4 – PUBLICAÇÃO EM EDITORAS ONLINE: Esse tipo de editora também visa o lucro na venda de exemplares para o próprio autor. Exemplo: Bookess, Clube de Autores, Ag Book, etc.

VANTAGENS: Você terá o seu livro impresso (com certa qualidade) para mostrá-lo para sua mãe, seu pai, os vizinhos, os amigos de trabalho, enfim, VOCÊ VAI SE SENTIR UM ESCRITOR.

DESVANTAGENS:  Blogs e sites especializados em literatura “torcem” o nariz para livros com publicações online, pois esses, nem sempre apresentam qualidade literária. Em alguns casos (talvez a maioria) são obras sem revisão, ou seja, com erros gritantes de Português, seja na gramática, ortografia, coesão do texto, etc...

5 – GRÁFICAS QUE SE APRESENTAM COMO EDITORAS: São empresas gráficas que apresentam um pacote para que você possa ter o seu livro impresso com certa qualidade.

VANTAGENS: É  você quem decide qual o melhor pacote de impressão, quantas unidades (exemplares) precisa. Algumas gráficas oferecem pacotes com preços acessíveis e boa qualidade. Assim, você poderá também “tirar onda de escritor”.

DESVANTAGENS:  Um gráfica só vai imprimir o seu livro. Todo o trabalho de divulgação e comercialização do seu livro é uma tarefa exclusivamente SUA.


Portanto, escolha a alternativa que mais lhe for conveniente e BOA SORTE!




quarta-feira, 4 de março de 2015

Cronista da alma carioca, João do Rio tem três livros clássicos reeditados pela primeira vez



No início do século XX, o jornalista e escritor Paulo Barreto, mais conhecido pelo pseudônimo João do Rio, podia ser encontrado nos cafés da Rua do Ouvidor e nos terreiros da Cidade Nova, à mesa com políticos influentes ou com cartomantes no subúrbio. Essas diferentes faces do principal cronista da vida carioca na época, autor do clássico “A alma encantadora das ruas” (1910), estão representadas em três livros que serão reeditados pela primeira vez: “Psicologia urbana” (1911), “Os dias passam…” (1912) e “No tempo de Wenceslau” (1917). As obras, que fazem parte da série Cadernos da Biblioteca Nacional, serão lançadas no fim de março.

Num Rio de Janeiro que se transformava rapidamente, o jornalista transitava entre a cidade moderna que nascia a partir das reformas iniciadas em 1903 pelo prefeito Pereira Passos, e a cidade marginalizada, social e geograficamente, pelas mesmas reformas, que queriam acabar com a imagem insalubre e insegura da então capital federal. Para Antônio Edmílson Rodrigues, historiador e professor da PUC-Rio, João do Rio soube captar a tensão do processo de modernização.

— O que está em pauta na sua obra são essas mudanças. Trata-se de uma cidade agitada, que tenta mudar a sua forma para atender proposições internacionais da arquitetura e da própria ideia de civilização. João do Rio percebe isso como uma tensão. Ele sugere que há um lado positivo, de embelezamento, de mudança de hábitos. Mas há também o lado da sombra produzido por essas transformações, as exclusões — afirma Rodrigues, que assina a apresentação de “Os dias passam...”.

O escritor e jornalista João do Rio fez sucesso na cidade - Divulgação

Apesar de também ter escrito romances, o jornalista ficou famoso por suas reportagens e crônicas na “Gazeta de Notícias”, publicadas entre 1901 e 1915. Esses textos eram, posteriormente, reunidos em livros, como “Os dias passam...”. A obra, dividida em quatro partes, traz crônicas de situações fantasiosas que incorporam o ambiente e o cotidiano carioca, como as impressões de um viajante ao desembarcar na capital federal em “Chegada de um estrangeiro ao Rio”, além de duas séries de reportagens de repercussão: em “Dias de milagre”, João do Rio acompanhou uma excursão de romeiros a Congonhas do Campo, em Minas Gerais, onde estão as esculturas dos profetas feitas por Aleijadinho. Já em “Dias de burla”, o jornalista desmascarou aproveitadores da fé alheia, um apêndice de outra obra consagrada sua, “As religiões no Rio” (1904).

Fonte: O Globo (matéria completa aqui)




segunda-feira, 2 de março de 2015

Em tempo de crise, clássico volta a ser um bom negócio

O surgimento de duas pequenas editoras voltadas para o nicho e de coleções em editoras já consolidadas, a Rocco e a Hedra, mostra que o filão recupera fôlego em ano de economia fraca e de efemérides que lançam títulos como o campeão de vendas 'O Pequeno Príncipe' em domínio público. Sorte do leitor


Alguém pode dizer que um clássico nunca sai de moda. Isso não é inteiramente verdade. Há ciclos de interesse e de oferta que os tornam mais atraentes de tempos em tempos. Mais quentes. É o que se vê agora no mercado literário brasileiro, e em boa hora. Em um momento em que a economia caminha para a recessão e grandes títulos como O Pequeno Príncipe caem em domínio público ou rumam para tal, duas pequenas editoras começam a operar focadas nesse nicho, e outras duas já consolidadas, a Hedra e a Rocco, preparam coleções — de holandeses “esquecidos” e de obras canônicas para jovens, respectivamente. É uma boa notícia para o leitor, que tem no filão o seu investimento mais seguro.


Consagrados pela qualidade e pela maneira como tocam o público, tanto de sua época quanto das que se seguem a ela, clássicos são livros formadores não apenas de leitores, mas de escritores e de outras obras, de cultura e de imaginário coletivo. Quando se fala de amor, não conhecer a história de Romeu e Julieta é, guardadas as proporções, o mesmo que boiar naquela conversa sobre a novela que você não acompanha. “Um clássico nunca perde a importância. Lendo clássicos, a gente se aproxima do nosso passado comum”, diz Juliana Lopes Bernardino, da Poetisa, editora que iniciou trabalhos no final de 2014 com a ideia de tirar da gaveta traduções feitas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde sua sócia, Cynthia Beatrice Costa, estuda.


O primeiro livro lançado pela editora, que tem sede em Florianópolis, foi uma tradução integral de Bela e a Fera, que só contava com adaptações no mercado brasileiro. O texto é assinado por Marie-Hélène Catherine Torresta, professora da UFSC. O próximo título da Poetisa, previsto para março, será o infantil O Coelho de Veludo, da inglesa Margery Williams (1881-1944), nunca editado no país. Lançado em 1922 na Inglaterra, o livro está entrando em domínio público, algo que, pelas leis brasileiras, acontece 70 anos após a morte do autor. “Nossa intenção é ter de quatro a cinco lançamentos em 2015. Além de clássico ter um retorno mais garantido, há a questão do domínio público. São obras que não custam tanto para a editora”, diz Juliana.

Fonte: Veja