Preso desde outubro do ano
passado, o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) entrou com ação na Justiça
contra a editora Record, que está lançando o livro Diário da Cadeia, obra de ficção cujo
narrador é identificado como Eduardo Cunha (pseudônimo).
O ex-parlamentar, preso
preventivamente na Lava Jato por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro,
pede que a editora seja impedida de distribuir exemplares do livro e multa de
R$ 100 mil por danos morais.
À época em que foi preso,
Cunha anunciou que escreveria um livro sobre o impeachment da presidente Dilma
Rousseff. O livro de ficção pega carona na intenção do ex-deputado e traz na
capa o subtítulo "Com trechos da obra inédita Impeachment".
Veja um trecho da obra que já
está sendo divulgada pela Record:
“Hoje cruzei com o Pallocci. Teve a coragem de colocar a mão em mim e
disse que vai ficar tudo bem. Para os do PT nunca mais vai ficar. Eu conheço a
história política desse país abandonado por Deus, então vou poder mostrar como
os do PT foram se aninhando no poder e tomando conta de tudo. Os do PT adoram o
Estado cuidando da vida dos outros.
Agora o Estado está trazendo todos presos aqui. Bem feito.
Escolhi a primeira frase do meu livro, uma citação: ‘A história vai ser
gentil comigo, pois vou escrevê-la’. Winston Churchill.
Se estou hoje aqui, por causa dos do PT, também tenho essa missão.
Resolvi começar meu livro Impeachment com o PC Farias para mostrar
que não está todo mundo a salvo. Já caiu a Dilma, o Temer não está tão
protegido como acha. Não recebi nenhum recado até agora, mas os rapazes de
serviço não querem falar comigo e o advogado claro sabia que estavam gravando.
Uma dificuldade por aqui: contratar serviços.
Ainda não consegui organizar tudo porque estou completando a leitura.
Deus está comigo nessa missão.”
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