Olá, pessoal.
Tudo bem?
Tudo bem?
Recentemente tive o privilégio de ser convidado a participar da edição (especial) de número 500 da revista eletrônica COTIDIANAS. Um blog dedicado à musica, cinema, literatura e muito mais. Confira abaixo um trecho do conto “Peso Morto”.
QUANDO A NOTÍCIA DO ACIDENTE
CHEGOU ao IML de Santa Mônica, Flávio sorriu. Pensou logo em André, seu parceiro
de longa data no recolhimento de corpos de pessoas mortas em acidentes nas
rodovias da região. A informação inicial dava conta de que as vítimas, dessa
vez, era uma senhora — de uns sessenta e tantos anos — e uma moça com idade
entre vinte e vinte e cinco anos.
A caminho do local do
acidente, Flávio estampava no rosto uma satisfação mórbida. Tinha os olhos
vidrados na estrada, as pupilas dilatadas, um sorriso malicioso congelado no
canto da boca e o pé pressionando o pedal do acelerador, enquanto André,
absorto, fitava através da janela do rabecão a paisagem rural que se estendia
por dezenas de quilômetros.
— Isso é uma tremenda doideira! — disse André, sem chegar a
dirigir o olhar ao parceiro de profissão.
— A vida é assim mesmo, cara, relaxa! — Flávio
mantinha um tom de voz amistoso, e a mesma expressão de satisfação ainda estava
instalada em seu rosto. — Azar de uns, sorte de outros.
Conto completo aqui.
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