Há
algo de diferente em grandes bibliotecas: os sussurros para não atrapalhar a
leitura, o cheiro dos livros antigos e empoeirados. São detalhes capazes de
criar uma atmosfera peculiar. Mas alguns livros da biblioteca de Harvard são
campeões no quesito peculiaridade: pelo menos três obras raras da universidade
norte-americana são encapados com pele humana.
Alguns
anos atrás, alguns estudiosos de editoração notaram algo diferente na
encadernação desses livros. O couro das capas era diferente do usual. Um estudo
mais aprofundado descobriu o motivo da textura lisa e macia da capa dessas
obras: os livros tinham sido encapados com pele humana. O mais assustador é que
em um dos casos, a pele foi retirada enquanto a pessoa ainda estava viva.
A prática não era incomum durante o século XVII e recebia o nome de bibliopegia antropodérmica. Muitos livros de anatomia e medicina eram encapados assim: presume-se que a matéria prima para encapar os livros era obtida de cadáveres. Ou seja, um livro sobre anatomia e a ciência da vida e da morte era feito de restos humanos. É interessante pensar como uma prática dessa acontecia cerca de 300 anos atrás.
Nenhum comentário:
Postar um comentário