terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Diário de bordo (Sobre a reescrita) – Max Moreno

Reescrever é preciso


Olá, pessoal.

Como está a sua “terça-feira de Carnaval?”

Aproveitando que não se fala em outra coisa nos últimos dias, tenho evitado a TV e a internet. Não que eu não goste de “samba” ou de Carnaval, afinal, sou brasileiro e não sou “doente do pé”... rs.

Bem, brincadeiras à parte, estou aproveitando o feriado para avançar na reescrita do meu novo romance (O Filho da Alma). Aproveito a oportunidade para chamar a atenção dos escritores iniciantes para a necessidade da reescrita. Já dizia Ernest Hemingway: “A primeira versão de qualquer coisa é uma merda.” E ele tinha razão, pois, independentemente se você se julga um “gênio da literatura”, a primeira versão da sua obra será, na grande maioria dos casos, sempre cheia de falhas e inconsistências, o que é perfeitamente natural, uma vez que o primeiro impulso da escrita não demanda necessariamente os recursos técnicos e de estilística a que dispõe o escritor (consciente). O que conta nesse primeiro contato com a trama é (pode parecer estranho) a quantidade, e não a qualidade. É o momento de “despejar” as ideias no papel e só depois decidir o que fica e o que sai. Isso mesmo, boa parte do que você escreveu, embora isso lhe parta o coração, terá de ser cortado (mas isso já um outro ponto que em breve discutiremos aqui).

De qualquer forma, considere (e digo isso com toda a sinceridade deste mundo) reescrever a sua “obra-prima” quantas vezes forem necessárias. Você vai perceber que o “exercício” da reescrita, em muitos casos, pode (e vai) lhe ensinar muito mais do que a escrita propriamente dita.

É isso!

Um ótimo feriado a todos.

Abraço.




segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

“Iracema” – José de Alencar na avenida


Encerrando a primeira noite dos desfiles das escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro, a Beija-Flor de Nilópis homenageou o escritor José de Alencar, com um desfile inspirado na obra 'Iracema - A Virgem dos lábios de mel'.

Sempre uma das favoritas ao título, a escola de Nilópolis nasceu como bloco de carnaval em 1948 e é embalada pela voz marcante de Neguinho da Beija-Flor. 

Vencedora de 13 campeonatos, a escola é conhecida pelo luxo nas fantasias e alegorias, a agremiação tem sua história marcada por nomes como o de Joãozinho Trinta, por exemplo. 

O enredo de 2017 trouxe a temática “A Virgem dos Lábios de Mel – Iracema”, inspirada na obra homônima de José de Alencar, que narra de forma poética o encontro de amor entre um português e uma índia.


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Tom Hanks lançará coleção de contos em outubro

O ator selecionou 17 contos que envolvem máquinas de escrever


Após publicar uma história pela primeira vez em 2014, Tom Hanks voltou a se aventurar no universo da escrita. O ator, vencedor de dois prêmios Oscar, irá lançar em outubro uma coleção de contos intitulada "UNCOMMON TYPE: Some Stories", que envolvem, de alguma maneira, máquinas de escrever em diferentes narrativas.

"Escrevi em hotéis durante coletivas de imprensa, em férias, em aviões, em casa e no escritório", revelou o astro, que começou a trabalhar no projeto em 2015.

Na obra, o astro, que possuiu mais de 100 máquinas em seu acervo pessoal, aborda diversas histórias que envolvem desde um conto sobre um imigrante chegando em Nova York, até um sobre um jogador que se torna uma celebridade.

Há três, Hanks publicava sua primeira história na revista "The New Yorker". A narrativa mergulhava na aventura de jovens que fazem uma expedição amadora para a lua.


terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Como criar personagens interessantes e convincentes


Um dos maiores desafios para o escritor iniciante (ou não) é a criação de personagens interessantes e convincentes. Um personagem interessante deve despertar empatia no leitor, provocar emoções e provar a sua existência, ainda que no mundo fictício. O leitor passa a considerá-lo como alguém “vivo”, e pensa no personagem (ou nos personagens) mesmo quando não está com o livro nas mãos. Mas como construir um personagem assim?

Um dos pontos que devemos considerar é que ao construir um personagem, damos a ele uma identidade. Assim, devemos conhecê-lo muito bem. Seus hábitos, gostos, seu modo de falar e seu modo de agir. Um personagem deve ser retratado por suas contradições, escolhas e relações.

Tenha sempre em mente que o que vai definir o seu personagem perante o leitor é a maneira como ele age. Cada ação escolhida, cada resposta dada pelo personagem é o que o faz com que leitor identifique seu perfil e possa expressar suas emoções por ele. Essas emoções podem variar do amor ao ódio ou ao desprezo, mas, uma vez que o personagem consiga despertar alguma emoção no leitor, ele certamente não será esquecido.

Outro ponto a ser ressaltado é que todo personagem (repito: todo) deve ter um objetivo na trama. Um personagem que não tem um objetivo a ser alcançado não serve para nada. Por isso, ao criar um personagem, você deve se perguntar qual o objetivo dele na história.

Personagens convincentes são como as pessoas da vida real. Cometem erros, têm defeitos, amam, sentem medo, ódio, têm desejos, sonhos, frustrações, às vezes perdem o controla, falam palavrões, etc.

Personagens perfeitos tendem a ser esquecidos pelo leitor antes mesmo do término da leitura do livro. São utópicos, inalcançáveis, pois, nenhum ser humano é perfeito.

Agora, quando você for criar seus personagens, pense em pessoas reais com todas as suas qualidades e (principalmente) defeitos. Assim, seus personagens conquistarão o leitor, seja pelo amor ou pelo ódio.


É isso!

Um abraço.

Max Moreno

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Adriana Calcanhotto lança obra com jovens poetas

Antologia reúne 41 jovens poetas sob o olhar pessoal de Adriana


Antologias lançadas com barulho por grandes editoras muitas vezes se tornam motivo de discussão nos bares e rodas literárias no Brasil, e com É Agora Como Nunca: Antologia Incompleta da Poesia Contemporânea Brasileira, que a Companhia das Letras lança nesta semana, não é diferente. O livro foi organizado por Adriana Calcanhotto.

A antologia reúne 41 poetas nascidos depois de 1970, dos quais 23 homens e 18 mulheres – alguns poucos poemas são inéditos, mas a maioria já foi publicada em editoras de tamanhos variados. A antologista diz que a reunião é “incompleta e totalmente pessoal, intransferível, autoral, ou o contrário”, e a própria palavra “incompleta” do título parece pretender criar uma proteção e uma vontade de não polemizar. Mas falando de uma antologia como essa em um momento em que intelectuais e políticos estão em pé de guerra, é inevitável.

Um dos traços em comum observados entre os poemas é uma espécie de lirismo intimista, dificilmente relacionada a acontecimentos sociais na camada mais aparente, por exemplo. “Não encontrei uma poesia muito, digamos, ‘engajada’ ou panfletária. Me parece bem mais uma poesia introspectiva”, diz Calcanhotto, por e-mail, de Coimbra, onde está dando aulas na universidade. “Agora, as coisas estão se dando com uma rapidez no Brasil, que quando fechei o livro, em outubro do ano passado, o pano de fundo era outro, parece que passaram alguns anos e parece que podemos dizer que aquilo eram ainda bons tempos perto de tudo ao que estamos assistindo agora, atônitos.”

A preferência pelo verso livre e por uma urgência da comunicação – talvez relacionada à velocidade da web – são outros traços apontados pela antologista. “Alguns assuntos são tratados de maneira mais inusitada mas não deixam no fundo de ser os mesmos assuntos de toda a poesia de todos os tempos, como não poderia deixar de ser.”

Um dos nomes mais conhecidos da seleção, Fabiano Calixto (1973) aponta que a boa poesia contemporânea – para ele, “na cena”, fora das grandes editoras – está sim dando conta do contemporâneo, “no que é possível dentro dessa clara impossibilidade”. 

“Há muita poesia ruim”, diz Calixto. “Coisa que nem poesia é, mas o pessoal confunde. Muito texto moralizante, textos de autoajuda cortados em linhas. É constrangedor. Mas quando o assunto é poesia de hoje, penso nesse conjunto de ótimos poemas feito em meu tempo, digo: a boa poesia feita hoje no Brasil é porrada.” 

A poeta e tradutora Marília Garcia (1979), que também está na antologia, acredita que uma escrita pode ser “intimista” de muitas maneiras, e mesmo assim tocar o político. “O material da escrita é a língua, é a linguagem (que vem a ser o mesmo material da política) e toda escrita pode ser política se houver um tipo de trabalho sobre a linguagem”, analisa. “Quais os sentidos um poema pode produzir, como pode o poema criar um espaço de respiração para pensarmos o que acontece, como os recursos da linguagem podem criar ou calar ou inventar outras formas de ver o mundo – acho que essas são algumas perguntas que apontam para a dimensão que a escrita possui.” 

Ela cita, como exemplo, outra poeta que também está na seleção de Calcanhotto, Angélica Freitas (1973). “Seus dois livros tem uma voltagem ‘poética’ que é altamente ‘política’: os poemas trabalham com a linguagem e com os discursos, são bastante irônicos e críticos e humorados; e os momentos mais ‘intimistas’, com tom mais autoderrisório, são de uma força que nos levam a voltar o olhar para nós mesmos e para o absurdo do que vivemos.”

A poeta e artista visual Bruna Beber (1984) – que também tem poemas no livro – afirma que vê nos poetas de hoje uma vontade de reação: “sinto nos poetas (e não só) hoje o que acredito que tenha sido sentido nos grandes baixos da história: sair da dormência, reagir seriamente ao momento em que vivemos – que é aterrador para qualquer lado que se olhe – sinto essa urgência já há muito atrasada, essa vontade de resposta, de grito, de luta, de fazer qualquer coisa que nos oriente em meio a esse cenário político vergonhoso.”

Para Calcanhotto, a relação da poesia com o contemporâneo é “mais desencanada, menos ligada ao sublime, menos cerimoniosa, menos preocupada em fazer sentido, menos preocupada de modo geral”. E, ao mesmo tempo, “um pouco menos esperançosa”.

A cantora e compositora, que já organizou outras antologias, está em residência artística na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra até junho, e vai dar uma série de aulas, oficinas e palestras – com sentimentos sobre o Brasil: “À noite vejo as notícias do Brasil e às vezes choro, de tristeza e impotência.”

É AGORA COMO NUNCA
Org.: Adriana Calcanhotto
Editora: Companhia das Letras (144 págs., R$34,90)



sábado, 18 de fevereiro de 2017

Novo livro do autor de ‘A Garota do Lago’ sai em 2018


O livro A garota do lago mal acabou de sair e o autor Charlie Donlea já fechou contrato com a Faro Editorial para o seu segundo livro de suspense. Segundo a editora, além da qualidade da história, outro motivo foi ver a tiragem de 15 mil exemplares evaporar dos estoques da editora em apenas 20 dias. Metade dela por reposição de vendas. Aqui no Brasil a negociação foi feita por intermédio da Bookcase, de Meire Dias e Flávia Viotti.



O novo livro, The girl who was taken, será lançado nos EUA no próximo mês e conta uma história cheia de reviravoltas e alta tensão, acerca de duas meninas sequestradas - uma foge do cativeiro, outra não – e a irmã da desaparecida, uma perita forense em busca respostas. Um ano depois, Megan, lança um livro que rapidamente se torna best-seller para contar a sua história, o que a transformou numa celebridade nacional. É uma história triunfante e inspiradora, exceto por um detalhe inconveniente: Nicole, a outra garota, ainda está desaparecida. No Brasil, o livro sai em 2018.

Fonte: PublishNews

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Os dez mandamentos para um escritor iniciante

Alguns caminhos e dificuldades para publicar, vender e ser lido e reconhecido como autor no Brasil

Por José Nêumanne Pinto



 Ilustração: Robson Vilalba


1 - Recuse a mediocridade, pois para escrever bem é preciso ter tolerância zero para o erro

Conheci o prazer de fruir a boa literatura antes de aprender a ler. Minha mãe dizia de cor poemas nas noites escuras e quentes do sertão na calçada da casa onde morávamos em Uiraúna (PB). Ali travei contato com Augusto dos Anjos, Jansen Filho, Casimiro de Abreu e, principalmente, Antônio Frederico de Castro Alves, os favoritos dela. Na primeira infância, me arrisquei a escrever logo depois de me ter iniciado no prazer da leitura. Foi aí que percebi que para escrever bem é preciso ler o máximo possível. Mas, de preferência, só ler coisas boas. A má leitura é nociva à boa escrita. O primeiro duro desafio para o autor iniciante é separar o joio do trigo. Certa vez, em Buenos Aires, o genial Jorge Luis Borges me disse que a imprensa é uma desgraça da humanidade, pois bom mesmo era o tempo dos papiros, pergaminhos e dos palimpsestos (principalmente neste caso, pois um texto teria de superar o outro para ser inscrito em cima dele), quando reproduzir a escrita dava muito trabalho, não era mecânica, como passou a ser por causa do prelo. Um dos escritores favoritos de Borges, o britânico Chesterton, escrevia muito para jornais, mas dizia que quando desejava saber o que se passava na humanidade, lia a Bíblia.

Os grandes escritores acabam por adquirir autonomia para o exercício seletivo do livre arbítrio em meio à profusão de publicações que a indústria editorial oferece. Cada dia fica mais fácil reproduzir escritos e cada dia mais proliferam textos ruins, que os autores praticamente impõem aos editores e estes aos leitores. Qual terá sido o efeito disso na enorme oferta de livros pela indústria editorial e na queda de qualidade? O grande poeta paraense Ruy Barata dizia nos “botecos literários” de Belém: “Uma livraria tem um poder enorme; para o bem ou para o mal. Sua vida inteira pode depender da escolha que, dentro dela, você vier a fazer”.

Ou seja, o autor iniciante precisa ser vacinado contra a pior das pragas literárias, a contaminação da mediocridade. A mediocridade é ostensiva, exibicionista e tirânica. O medíocre não se contenta em sê-lo. Ele quer ter cúmplices. Danou-se: senti-me incorporando Nelson Rodrigues ao lhes afirmar isso. Mas voltemos ao rés do chão. Eu tenho fama de ser malvado e até grosseiro, mas até hoje nunca tive coragem de rejeitar de cara um livro ruim que me oferecem. Minha mãe ficava furiosa com minha mania de corrigir os erros de português da conversa de suas amigas. Talvez por isso, sinto certa dificuldade até para não colocar na estante a má obra, capaz de contaminar as melhores na minha biblioteca.

Leia o texto completo aqui.

Fonte: Jornal Rascunho


terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Cidade italiana ganha parque literário dedicado a Dante Alighieri

RAVENNA, Itália - Começa a tomar forma na cidade de Ravenna, no norte da Itália, o parque literário dedicado ao poeta Dante Alighieri (1265-1321), autor de A Divina Comédia.

Busto do poeta italiano Dante Alighieri num campus da
Universidade  de Bolonha em Ravenna, num 
experimento  realizado em 2007.

O projeto será tocado por um comitê científico presidido pelo professor Ivan Simonini, um dos maiores estudiosos italianos da obra do poeta florentino. "O parque é um trem que viaja em duas linhas, a cultural e a turística. O objetivo é construir um turismo culto de massa", declarou.

O parque urbano prevê a criação de um roteiro pelos lugares relacionados a Dante em Ravenna, estudos para reconstituir o verdadeiro rosto do poeta e um percurso ligado a Pier Damiani, o santo do 21º canto do "Paraíso", a terceira parte da Divina Comédia.

"Está se aproximando o 700º aniversário da morte de Dante, em 2021. Em 2017, desenvolveremos ainda mais nossa atividade, trazendo cada vez mais pessoas para conhecer Ravenna, a Emilia-Romana dantesca e os lugares que Dante citou em sua obra", disse o ex-deputado Giuseppe Chicchi, também integrante do comitê.


Apesar de profundamente identificado com Florença, onde nasceu, Dante passou seus últimos três anos de vida em Ravenna, cidade que abriga sua sepultura - também há um túmulo dedicado ao poeta na Basílica de Santa Croce, na capital da Toscana, mas vazio. Até hoje não se sabe direito quais motivos teriam levado o poeta a abandonar Verona, onde vivia anteriormente, para se mudar para Ravenna.

Fonte: Estadão

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Luiz Schwarcz ganha prêmio em Londres

Na manhã desta segunda-feira, editor foi anunciado como o ganhador do Lifetime Achivement Award, prêmio concedido pela Feira do Livro de Londres


Todos os anos, a Feira do Livro de Londres concede o Lifetime Achievement Award, prêmio que reconhece o trabalho de editores, agentes e demais profissionais do livro que contribuíram de forma significativa à indústria editorial global. Na manhã desta segunda-feira (13), a feira anunciou que Luiz Schwarcz, presidente do Grupo Companhia das Letras, será o homenageado de 2017. “Schwarcz é uma das figuras mais bem-sucedidas comercialmente da indústria editorial brasileira”, aponta a feira. A Companhia das Letras, fundada por Schwarcz em 1986 completou 30 anos no ano passado e, desde então, construiu um catálogo de mais de cinco mil títulos, incluindo 38 Prêmios Nobel como Toni Morrison, Doris Lessing, José Saramago, e J. M. Coetzee. “Eu me sinto profundamente honrado em fazer parte desse incrível grupo de editores que inclui alguns dos meus heróis. Ao mesmo tempo, recebo essa homenagem com muita humildade. Sempre acreditei que faz parte do meu trabalho ajudar autores a ganhar prêmios e que todos os prêmios devem ir para eles”, declarou Schwarcz.

Para David Roche, presidente da Feira do Livro de Londres, Luiz é “sinônimo da indústria editorial brasileira. Nós do conselho consultivo da Feira estamos muito satisfeitos em reconhecer a sua imensa contribuição ao longo de todos esses anos”.

A respeito da escolha de Schwarcz, o agente literário britânico Sam Edenborough, da ILA, disse: “Estou tão feliz que as formidáveis realizações de Luiz Schwarcz estejam sendo reconhecidas desta forma. Tanto ele quanto a Companhia das Letras encarnam verdadeiramente o espírito deste prêmio. Desde o início da sua carreira, Luiz tem sido um dos principais incentivadores da presença de autores brasileiros no resto do mundo e também responsável por apresentar aos seus colegas brasileiros o melhor da literatura internacional. Ele conquistou este sucesso mesmo navegando, muitas vezes, em condições econômicas e políticas desafiadoras. Ao longo dos anos, ele inspirou uma geração de editores no Brasil e é um nome muito respeitado por seus amigos e parceiros de negócios em toda a comunidade editorial internacional”.

Com o prêmio, Schwarcz tem seu nome inscrito ao lado de grandes personalidades da indústria editorial mundial, como a baronesa Gail Rebuck (Penguin Random House), Antoine Gallimard (Éditions Gallimard), Peter Usborne (Usborne), Deborah Rogers (Rogers, Coleridge & White), Sonny Mehta (Alfred A. Knopf), John Lyon (Little,Brown), Lynette Owen (Pearson Education) e Michael Krüger (Hanser Verlag).

A entrega do prêmio acontece no dia 14 de março, às 18h30, no Centro de Conferência Olympia, em Londres.


Fonte: PublishNews

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Novo Conceito lança "Heróis da Internet"

Novo Conceito lança livro escrito por Renan Carvalho e pelo youtuber Italo Matheus


Já se imaginou em uma realidade virtual, onde todos os jogadores que estão online ficam confinados e são impedidos de sair? É com esse desafio que o escritor Renan Carvalho e o youtuber Italo Matheus narram as aventuras da obra Heróis d@ internet (Novo Conceito, 192 pp, R$ 29,90).

Na história, o programa chamado Patrono, que controla todo o ambiente virtual, perde o controle e prende todas as crianças neste domínio. Assim, o herói Italo sai em busca de seu irmão mais novo, que também fica aprisionado, e tenta salvar este universo.


Para que a missão seja um sucesso, Italo recruta um grupo bem incomum para o ajudar: um garoto com problemas de peso, mas capaz de carregar toneladas, uma garota cadeirante exímia em artes marciais, uma míope com ótima pontaria e um velocista asmático. Crianças comuns no mundo real, mas heróis no mundo virtual.


Visite o meu site: maxmorenooficial.com.br


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Prêmio Avena PublishNews - Os mais vendidos ganharão prêmio

Em parceria com a International Paper, PublishNews cria Prêmio Avena PublishNews, que vai premiar os 15 livros mais vendidos do ano

Na primeira edição de cada ano, o PublishNews sempre publica os resultados da sua lista anual, que revela quais foram os livros mais vendidos no ano anterior. A partir deste ano, a publicação desta lista ganhará um reforço, com a criação do Prêmio Avena PublishNews, que dará aos 15 livros mais vendidos no ano um troféu. O prêmio foi criado em parceria com a International Paper, fabricante dos papeís Chambril Avena e Chambril Avena + para o segmento editorial, e dará também à editora que emplacou mais títulos na lista e ao livro mais vendido do ano um prêmio especial. Além disso, será entregue o Prêmio PublishNews Avena de Contribuição ao Mercado de Livros, que dará reconhecimento a um profissional que teve uma relevância na construção do mercado editorial no Brasil, e o Prêmio Profissional de Marketing e Vendas do Ano, que elegerá o profissional de destaque nesta área.

Em 2016, o livro mais vendido foi Como eu era antes de você (Intrínseca), de Jojo Moyes, e a editora que encabeça o ranking dos mais vendidos foi a Nobel, que emplacou 95 títulos na lista. Representantes de editoras como Companhia das Letras, Gente, Globo Livros, HarperCollins Brasil, LeYa, Record e Saraiva também deverão subir ao palco para receber o troféu.

Para Carlo Carrenho, fundador e CEO do PublishNews, o prêmio chega para incentivar os profissionais de marketing e de vendas. “A nossa ideia é dar reconhecimento aos profissionais de marketing e de vendas, que muitas vezes ficam invisíveis para os prêmios literários já existentes. Esses profissionais têm um papel fundamental na sobrevivência da indústria do livro no Brasil”, observou Carrenho. A tese encontra respaldo da International Paper,conforme explica Tayla Monteiro, gerente de Marcas e Produtos da empresa: “a International Paper promove mais essa iniciativa para o mercado editorial como forma de reconhecimento aos profissionais que trabalham para ampliar o acesso da população brasileira à informação por meio da literatura. O prêmio também leva o nome do papel off-white Chambril Avena que faz parte da nossa linha de produtos destinados para atender às necessidades do segmento editorial”. Por essas razões, o troféu deverá ser entregue aos diretores comerciais de cada uma das editoras vencedoras.

O prêmio será entregue em março, em São Paulo.


Fonte: PublishNews


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Por que o editor recusou o seu original?


Antes de falarmos sobre isso, é importante lembrar que uma editora recebe em média 40 originais por mês. Em alguns casos até mais. Por isso, pode esquecer aquela história de que o editor vai ler o seu original inteiro. Isso não acontece por dois motivos básicos: 1 – A maioria dos originais que chegam a uma editora é de livros mal escritos ou que não se enquadram à linha editorial da empresa. 2 – As editoras não têm disponibilidade de pessoas para ler um livro por dia.  Assim, o editor acaba lendo apenas a primeira página do seu original e, a partir daí, ele já sabe se o seu original “funciona” ou não.

Bem. Vamos à listinha agora:

1 - LINGUAGEM
O livro traz uma linguagem incompatível com o que a situação exige.
Exemplo: o seu protagonista é um jovem, mas os diálogos vêm com uma linguagem rebuscada.
Exemplo: “ — Ao perscrutar o ambiente, eu logo entendi que aquilo não era para mim — disse o rapaz”.
Você acha mesmo que algum jovem falaria assim?

2 - ADJETIVOS E ADVÉRBIOS
O autor abusa dos adjetivos inúteis e dos advérbios mais inúteis ainda.  Evite adjetivos e advérbios, eles só empobrecem a sua escrita.
Exemplo (adjetivo): “Ele era um gordo baleia que não ligava para nada”.
Exemplo (advérbio): “Joana era absolutamente perfeita.
Note que tanto o adjetivo, quanto o advérbio são descartáveis nas frases acima. Elas não perdem o sentido se a palavras “baleia” e “absolutamente” forem cortadas do texto.

3 - GRAMÁTICA E ORTOGRAFIA
Quando o original (não revisado) apresenta erros gritantes de gramática e/ou ortografia.

4 - CLICHÊS, SÍMILES E METÁFORAS
Quando a trama traz clichês, símiles e metáforas sem sentido ou mal construídos.
Exemplo (símile): “Ela era feia como uma égua”.  Nem todo mundo acha que as éguas são feias.
Exemplo (clichê): “João era lindo; um verdadeiro príncipe”.
Exemplo (metáfora): “Em seu rosto, duas bolas de bilhar número 8 brilhavam radiantes”. Comparar os olhos de alguém a uma bola de bilhar é no mino esquisito, não é mesmo?

5 - INTERROGAÇÕES E EXCLAMAÇÕES
Evite encher a primeira pagino do seu livro com pontos de interrogação ou exclamação. Esse tipo de frase ( ao contrário do que você possa imaginar) não instiga nem o leitor e menos ainda ou o editor. Isso só mostra que você não conhece as regras básicas de estruturação de um livro.
Exemplo: O que acontecerá com o nosso herói??
                 Conseguirá Joana encontrar o seu amor?
                 Está aventura vai ser demais!!!

A próxima vez que você enviar o seu original a uma editora, pense nisso.





O homem mais vendido de janeiro

No topo da lista de janeiro, ‘O homem mais inteligente da história’, de Augusto Cury, vendeu quase 4,5 mil exemplares a mais do que Harry Potter


Janeiro chegou ao fim e, com isso, já temos o primeiro fechamento de mês da lista do PublishNews em 2017. O homem mais inteligente da história (Sextante), de Augusto Cury, encerrou o mês liderando a lista geral, com 24.810 unidades vendidas. Foram quase 4.500 exemplares a mais do que o segundo colocado, Harry Potter e a criança amaldiçoada (Rocco). Quatro vidas de um cachorro (HarperCollins) completa o pódio, com 15.668 cópias vendidas em janeiro.

Na lista mensal de Ficção, chama a atenção a série O lar (ou o orfanato, como preferir) da srta. Peregrine para crianças peculiares, de Ransom Riggs. Se contabilizar todos os livros da série, incluindo os editados pela LeYa e pela Intrínseca, foram vendidas 19.636 unidades. Ocuparia fácil a terceira posição do ranking geral mensal de janeiro, ficando coladinho com Harry Potter e a criança amaldiçoada.

Na lista de Não Ficção, o destaque vai para ela, a vovó do rock nacional, Rita Lee e sua autobiografia (Globo Livros), que vendeu 15.147 exemplares em janeiro, encabeçando a lista de não ficção mensal e fechando janeiro na quarta posição da lista geral. Na segunda posição ficou Uma pergunta por dia (Intrínseca), com 8.991, e na terceira posição, Novos caminhos, novas escolhas (Objetiva), do empresário Abílio Diniz, com 6.526 exemplares vendidos.

No ranking geral mensal de janeiro, a Intrínseca lidera com 24 títulos. Na segunda posição, empatados, ficaram o Grupo Companhia das Letras e Sextante, com 23 títulos cada. A Nobel, com 12, completa o pódio.


Na semana, os destaques vão para os estreantes: Minha vida de menina (Companhia de Bolso) e o mangá The ghost in the shell (JBC), em Ficção; A mente de Stephen Hawking (Universo dos Livros), Zangado Games (LeYa) e o livro de colorir Reino de cores (Gutemberg / Autêntica), em Não Ficção; Sua melhor versão (Academia / Planeta), em autoajuda; Diário beleza teen (Astral Cultural), em Infantojuvenil, e A Bíblia de Vendas (M. Books), em Negócios.

Fonte: PublishNews

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Globo compra os direitos de livro que narra a luta de uma família no meio da guerra civil na Síria

The boy from Aleppo who painted the war’ foi escrito pela autora iniciante Sumia Sukkar

A Editora Globo adquiriu os direitos de um livro tocante e ao mesmo tempo desafiador. Escrito pela jovem escritora britânica Sumia Sukkar, de 21 anos, o livro The boy from Aleppo who painted the war narra o sofrimento de uma família em meio à guerra civil na Síria.

Adam é um menino de 14 anos com Síndrome de Asperger e que tenta entender o conflito sírio pintando seus sentimentos. Yasmine, sua irmã mais velha, dedica-se a ele, mas tem que lidar com seus próprios traumas depois de ser tomada por soldados e seus três irmãos também lutam sobre se devem ou não tomar partido e sobre as consequências de suas escolhas.


O romance já é um sucesso internacional por tocar as pessoas e fazer o leitor se conectar com quem ainda sofre com as consequências da guerra. O negócio foi intermediado pela Eyewear Publishing UK.

Fonte: PublishNews