Dois anos após a morte de Sócrates
(1954-2011) --ídolo do Corinthians, capitão da seleção de 1982 e um dos mais
emblemáticos jogadores de futebol da história do país--, um livro de sua
própria autoria ainda está engavetado.
Com o título "Jogo, Ciência, Drogas
e Aculturação", a obra, de cerca de 200 páginas, foi deixada aos cuidados
da viúva do jogador, a empresária Kátia Bagnarelli. O texto, não exatamente uma
autobiografia, é um registro de memórias entremeado por comentários analíticos.
Bagnarelli diz que há interesse de lançar
o volume pela editora Prumo, de São Paulo, mas que a decisão depende da
autorização de familiares, incluindo os filhos de Sócrates (são seis, sendo um
menor de idade).
Segundo um dos herdeiros, o advogado
Gustavo Vieira de Oliveira, 36, o assunto ainda está sendo discutido por toda a
família, inclusive pelo também ex-jogador Raí, 48, irmão de Sócrates.
Oliveira afirma que não há previsão para
o lançamento. Um dos motivos do atraso, afirma, é a estratégia de não lançar o
livro enquanto o foco estiver sobre os eventos relacionados à Copa do Mundo.
"O público anseia pelo livro para
2014, mas essa confusão cria um aspecto popularesco, algo fácil, e Sócrates
nunca foi assim", diz Oliveira. "A memória dele é mais forte do que o
evento. Há que se ter uma estratégia, os fãs merecem esse cuidado."
Sóstenes Oliveira, irmão de Sócrates, diz
que não há preocupações da família em relação ao conteúdo do livro. "Somos
lentos mesmo", afirma.
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