Assisti
a cerca de 3.500 filmes, incluindo os que já constavam do caderninho”, conta
Maurício. A experiência cinéfila teve seus desafios. O maior, segundo o autor,
foi equilibrar os filmes dentro dos temas. Enquanto alguns assuntos
transbordavam opções, em outros temas, mais espinhosos, deu trabalho chegar a
dez títulos.
Mas também rendeu uma visão interessante do erotismo no cinema ao longo das
décadas. Nos anos 30, os filmes com conteúdo erótico existiam, mas com
circulação bem restrita. O pós-guerra viu o que Maurício classifica como uma
“encaretada geral”. Mas, nos 70, na esteira da liberação sexual, a nudez volta
às telas. São desta época, clássicos como “O Império dos Sentidos” (1976),
“Garganta Profunda” e “O Último Tango em Paris” (ambos de 1972).
Nos
anos 80, o forte passa a ser a insinuação. “‘Flashdance’ e ‘A Dama de Vermelho’
têm personagens centrais extremamente sensuais que não mostram nada”, ilustra
Maurício. “Mesmo o absoluto clássico sensual da década, o tão falado ‘Nove
Semanas e Meia de Amor’, mostra muito pouca coisa”.
Para ele, hoje em dia o problema dos filmes é outro: o excesso. “Às vezes, tem cenas de sexo completamente sem graça. A nudez ficou muito gratuita”, queixa-se o autor.
A pedido do Delas, Maurício selecionou 17 cenas, em temas diversos, com o melhor da expressão do erotismo nas telas. “O meu livro começa com beijo e termina com orgasmo, como toda relação deveria ser então aqui também começamos com beijo e terminamos com orgasmo. Espero que tenha sido bom para você, leitora”, brinca.
Livro interessante desde a escolha do título que nos remete a Guy Ritchie.
ResponderExcluirDos filmes que vc citou, adoro A Dama de Vermelho e o genial pornô Garganta Profunda. Nunca gostei, no entanto, de O Império dos Sentidos.
Abraços!!
É verdade, Kleiton!... O livro é bem interessante ;)
ResponderExcluirAbraços!