terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Os melhores livros de 2014


Na ficção, o ano teve bons lançamentos de autores brasileiros, como Evandro Affonso Ferreira e Elvira Vigna, o retorno do tcheco Milan Kundera e a primeira edição nacional de um clássico do russo Vassili Grossman. Veja os dez melhores livros de ficção do ano (e mais abaixo, os cinco melhores de não ficção):

‘De repente, uma batida na porta’, de Etgar Keret (Rocco): Um dos principais nomes da atual literatura israelense e destaque da Flip deste ano, o contista Etgar Keret teve um livro publicado no Brasil pela primeira vez, em tradução de Nancy Rozenchan. A inventividade e o humor nonsense do escritor brilham em 38 histórias, como a que imagina uma terra habitada pelas mentiras que os homens contam ou a que narra o destino insólito de um homem que, segundos antes de morrer, pede a um anjo a paz mundial.

‘A festa da insignificância’, de Milan Kundera (Companhia das Letras): Depois de mais de 10 anos sem publicar, o tcheco Milan Kundera voltou à ficção com um romance sobre quatro velhos amigos parisienses em busca de um sentido para suas vidas. Traduzido por Teresa Bulhões Carvalho da Fonseca, o novo livro do autor de “A insustentável leveza do ser” retrata a insignificância como “a essência da existência”. E não deixa de falar de política, com alusões frequentes a Stalin e à história recente da Europa.

‘Graça infinita’, de David Foster Wallace (Companhia das Letras): Brasil em tradução de Caetano W. Galindo quase 20 anos depois de lançado nos EUA, é uma das mais ambiciosas obras de ficção das últimas décadas, tanto pela extensão (mais de 1.100 páginas) quanto pela complexidade. É também uma reflexão comovente sobre o vício, o individualismo e a obsessão pelo entretenimento, com uma prosa extravagante e bem-humorada.

‘Os luminares’, de Eleanor Catton (Biblioteca Azul): Por este livro de 888 páginas, a neozelandesa, presente na Flip deste ano, tornou-se a mais jovem ganhadora do Booker Prize, em 2013, aos 28 anos. Ambientado na Nova Zelândia do século XIX, em meio à corrida do ouro no país, o romance de tintas vitorianas, traduzido por Fabio Bonillo, tem uma arquitetura complexa inspirada pela astrologia: são 12 capítulos precedidos por mapas astrais que refletem o curso das vidas de seus 12 protagonistas.

‘Paradiso’, de José Lezama Lima (Edições da Estação Liberdade e da Martins Fontes): Depois de uma disputa judicial pelos direitos de publicação no país, a obra-prima do cubano Lezama Lima ganhou duas traduções no Brasil: uma pela Estação Liberdade, a cargo de Josely Vianna Baptista, e outra pela editora Martins Fontes, de Olga Savary. Lançado em 1966, o romance acompanha os anos de formação do poeta Cemí, descritos com uma uma linguagem radical que fez dele um clássico do século XX.

Fonte: O Globo (matéria completa aqui)


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