quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Livro promete prêmio de US$ 500 000 para quem desvendar mistério


O escritor americano James Frey achou uma forma e tanto de vender seu novo livro, Endgame: O Chamado, que ele define como "um romance do século XXI". Em parceria com a sua editora, a Harper Collins, o Google e a 20th Century Fox, Frey oferece um prêmio de nada menos que meio milhão de dólares para o primeiro leitor que resolver o mistério contido na história. 

"Não tenho vergonha de dizer que espero vender milhões de cópias com este livro e que ele tem uma vocação comercial. Isso não significa que eu seja um cínico que escreve pensando em uma ideia milionária. Simplesmente tentei oferecer ao leitor a coisa mais legal que veio à minha cabeça", diz o autor, que está lançando o livro em 30 países, nesta semana. No Brasil, o romance sai pela Intrínseca.


Um filme, um jogo de videogame e um serviço de geolocalização que permitirá ao leitor seguir a aventura na vida real, além de 50 contas em redes sociais relacionadas ao projeto, são parte da estratégia de lançamento e difusão de Endgame, que será uma trilogia. O Chamado é só o primeiro dos três volumes. O recurso anunciado agora, de espalhar pistas pelas páginas para um leitor encontrar os 500 000 dólares prometidos, talvez seja o ponto mais controverso de todo o projeto, já que pode ser interpretado como uma ação desesperada por atrair compradores para o romance.

"O dinheiro é meu. Poderia ter colocado em um fundo de investimentos, tê-lo guardado para os estudos dos meus filhos", defendeu-se o autor, que compartilha os créditos da obra com Nils Johnson-Shelton, pois o projeto, além de um ano de desenvolvimento literário, consumiu outros 12 meses na procura de empresas associadas e 18 para a elaboração e coordenação de todas as plataformas. 

"Não me importa os motivos que levarão as pessoas a ler meu livro, desde que o leiam e desfrutem da história", disse Frey, que garantiu que o mistério presente na obra é "incrivelmente difícil" de ser solucionado. Apesar de toda a parafernália que cerca o Endgame, Frey considera que, na realidade, não passa de uma história com personagens que prendem o leitor, que o "fazem sofrer, se assustar, emocionar". "Este projeto foi o mais arriscado, frenético e aventureiro que já fiz", concluiu. 

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