O
escritor americano James Frey achou uma forma e tanto de vender seu novo
livro, Endgame: O Chamado,
que ele define como "um romance do século XXI". Em parceria com a sua
editora, a Harper Collins, o Google e a 20th Century Fox, Frey oferece um
prêmio de nada menos que meio milhão de dólares para o primeiro leitor que
resolver o mistério contido na história.
"Não tenho vergonha de dizer que
espero vender milhões de cópias com este livro e que ele tem uma vocação
comercial. Isso não significa que eu seja um cínico que escreve pensando em uma
ideia milionária. Simplesmente tentei oferecer ao leitor a coisa mais legal que
veio à minha cabeça", diz o autor, que está lançando o livro em 30
países, nesta semana. No Brasil, o romance sai pela Intrínseca.
Um
filme, um jogo de videogame e um serviço de geolocalização que permitirá
ao leitor seguir a aventura na vida real, além de 50 contas em redes sociais
relacionadas ao projeto, são parte da estratégia de lançamento e difusão
de Endgame, que será
uma trilogia. O Chamado é só
o primeiro dos três volumes. O recurso anunciado agora, de espalhar
pistas pelas páginas para um leitor encontrar os 500 000 dólares prometidos,
talvez seja o ponto mais controverso de todo o projeto, já que pode ser
interpretado como uma ação desesperada por atrair compradores para o romance.
"O dinheiro é meu. Poderia ter colocado em um fundo de investimentos,
tê-lo guardado para os estudos dos meus filhos", defendeu-se o autor, que
compartilha os créditos da obra com Nils Johnson-Shelton, pois o projeto, além
de um ano de desenvolvimento literário, consumiu outros 12 meses
na procura de empresas associadas e 18 para a elaboração e coordenação de
todas as plataformas.
"Não me importa os motivos que levarão as pessoas a
ler meu livro, desde que o leiam e desfrutem da história", disse Frey, que
garantiu que o mistério presente na obra é "incrivelmente
difícil" de ser solucionado. Apesar de toda a parafernália que
cerca o Endgame, Frey
considera que, na realidade, não passa de uma história com personagens que
prendem o leitor, que o "fazem sofrer, se assustar, emocionar".
"Este projeto foi o mais arriscado, frenético e aventureiro que já
fiz", concluiu.
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