quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O Clube do Livro do Fim da Vida - Will Schwalbe


O ambulatório de um hospital para tratamento quimioterápico não é certamente o melhor lugar para se escrever um livro, mas foi lá que o escritor norte-americano Will Schwalbe concebeu O Clube do Livro do Fim da Vida, best-seller que, no ano passado, liderou por semanas a lista dos mais vendidos do jornal The New York Times.


Lançado agora no Brasil pela editora Objetiva, nele Schwalbe relata as conversas que teve com a mãe na sala de espera do Memorial Sloan-Kettering, em Nova York, um edifício preto na esquina da rua 53 com a Terceira Avenida cuja arquitetura já deprime por sua frieza de aço e vidro. Lá dentro, porém, Schwalbe e sua mãe Mary Anne, que ficou conhecida por ajudar refugiados de todo o mundo, esquentavam o ambiente com calorosas conversas sobre literatura.


Na antessala das sessões de quimioterapia, mesmo debilitada, ela não falava sobre sua doença, mas daquilo que mais gostava: literatura. Schwalbe até evitava perguntar o que estava lendo, pois, para sua frustração, Mary Anne já começava contando o fim da história.


Para um escritor e também editor de livros, isso era duplamente decepcionante, mas o incontido entusiasmo da mãe tinha uma razão: a doença avançava rapidamente e ela queria transmitir a Schwalbe sua experiência pessoal de ler em estado de emergência. Foram dois anos de luta contra o câncer pancreático, até a morte de Mary Anne, aos 75 anos, em 2009.



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