O escritor Paulo Coelho
reafirmou neste domingo, 6, que não solicitou, ao Ministério da Cultura, um
auditório de mil lugares como condição para participar da Feira do Livro de
Frankfurt, na qual o Brasil é o país convidado.
"Demonstrei não apenas espanto, mas irritação", disse ele, em e-mail encaminhado ao jornal O Estado de São Paulo. "Nunca pedi isso – tinha um auditório de 600 lugares na Feira, e outro de 2 mil no Maritm Frankfurt."
Coelho, que se
desligou da delegação brasileira, disse que tentou
explicar o mal-entendido à ministra Marta Suplicy por meio de e-mail enviado
via seu amigo, o biógrafo Fernando Morais. "Ela disse a Fernando que
conseguira o auditório, o que me deixou indignado."
O
escritor disse em entrevista ao jornal alemão Die Welt, que "duvida" que todos
os 70 convidados sejam escritores, que conhece só 20 dos nomes e que
"presumivelmente são amigos de amigos de amigos. Nepotismo". Ele
disse ainda não aprovar "a maneira como o Brasil representa sua literatura".
—
Falei com vários de meus colegas que não foram convidados, como Eduardo Spohr,
Carolina Munhoz, Thalita Rebouças, André Vianco, Felipe Neto ou Rafael Draccon
[...]. Tentei ao máximo conseguir que fossem. Sem sucesso. Então, em protesto,
decidi não ir a Frankfurt. O que foi uma decisão difícil [...] porque sempre
quis ser convidado por um evento desses pelo meu governo — disse.
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