O
pernambucano Joaquim Maria Carneiro Vilela foi advogado, ilustrador, pintor
paisagista, cenógrafo, juiz, bibliotecário, secretário de Governo e fabricante
de gaiolas. E escritor.
A
Emparedada da Rua Nova, seu livro que dá base à minissérie Amores Roubados, foi
publicado em forma de folhetim entre 1909 e 1912, no Recife, e embora tenha
gerado adaptações para teatro e cinema, e estabelecido a reputação de Carneiro
Vilela como mestre da literatura nordestina, ele nunca se tornou apreciado por
seus pares do Sul e do Sudeste.
Agora,
a Cepe Editora do Recife está republicando o volume (520 págs, R$ 40). O
macabro (e já lendário) crime da Rua Nova que originou a narrativa, e a
vingança do coronel Jaime que se estende além da morte, são elementos sob os
quais hoje pairam ainda dúvidas no Recife: teriam sido reais ou invenção do
autor?
Carneiro
Vilela dizia que a história viera de um relato que ouvira de uma escrava. O
telespectador que gostar da série não perderá em pedir um exemplar do livro. A
surpresa é mais cruel do que terá suposto.
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