O publicitário e músico carioca João Resende, de 27 anos,
descobriu os Beatles aos 14 anos, incentivado por amiguinhos que moravam no
mesmo prédio. Há seis anos ele mantém o site The Beatles College, nascido no
Orkut, que tem, segundo ele, 2 mil acessos diários - a maioria de adolescentes.
É curioso que garotas de 17 anos tenham mais curiosidade
sobre um grupo musical dissolvido em 1970 do que a respeito de bandas
contemporâneas como o britânica Oasis, igualmente extinta (em 2009) e
influenciada pelos Beatles. "Isso prova que a música deles é
atemporal", diz Resende, que, animado com o sucesso do site, acaba de
lançar o livro Beatles em Tudo,
espécie de almanaque sobre (quase) tudo o que a nova geração gostaria de saber
sobre a banda de rock mais popular do século 20.
Os pais e até avós da turma que segue o Beatles College
provavelmente não vão encontrar nele algo que não saibam sobre a banda, nascida
em Liverpool em 1960. Há histórias conhecidas como a suposta morte de Paul
McCartney - boato sobre um acidente fatal de carro que teria matado o cantor e
guitarrista em 1966, sendo McCartney substituído por um sósia.
Há outras menos lembradas, como a tradução de seis músicas
dos Beatles pelo poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade (do álbum branco,
para a extinta revista Realidade, em março de 1969). Há ainda histórias de
cinéfilos, que garantem ter o cineasta norte-americano Stanley Kubrick
(1928-1999) projetado, em 1967, um filme sobre O Senhor dos Anéis, tendo os
Beatles como protagonistas: Lennon seria Gollum, Paul ganharia o papel de
Frodo, George encarnaria o mago Gandalf e Ringo teria de se contentar com os
pés peludos do hobbit Sam, amigo de Frodo.
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