O país que tem Paulo
Coelho como um dos maiores representantes no mundo das letras parece acordar
para um novo gênero literário: o chick lit. Pegando carona do sucesso de
autoras estrangeiras como Meg Cabot e Marian Keyes cada vez mais escritoras
brasileiras estão chegando ao mercado em busca de fama e fortuna. Brincadeiras
à parte, a verdade é que esse é um nicho em franco crescimento. Principalmente
entre as jovens e adolescentes, acostumadas a tietar suas "ídolas" em
eventos literários Brasil afora, lotando sessões de autógrafos e, não raro,
provocando tumulto por onde passam.
Um episódio ocorrido no
ano passado com Thalita Rebouças, umas das mais bem-sucedidas nesse segmento,
exemplifica bem o tamanho dessa verdadeira revolução cultural. Preocupada com a
quantidade de pessoas que normalmente comparecem a um evento do gênero, a
administração do NorteShopping no Rio vetou a noite de autógrafos da escritora,
que seria realizada na filial de uma famosa livraria do local. A preocupação
até tinha fundamento, pois a autora costuma mobilizar um batalhão de fãs
querendo chegar perto dela. Resultado direto da venda de mais de 1 milhão e
meio de exemplares de seus 14 livros.
Mas, afinal, o que é
chick lit?
A expressão (ou um rótulo, se preferirem) foi criada para designar a literatura
feita especialmente para mulheres jovens. As histórias geralmente abordam temas
como relacionamentos, moda, desilusões, casamento, filhos e tudo mais que for
pertinente ao universo feminino. No Brasil se destacam escritoras que buscam se
aproximar de um público ainda mais jovem, adolescente mesmo. Entre a nova
geração de autoras nacionais, e que seguem o caminho aberto por Thalita,
destacam-se Paula Pimenta, Bruna Vieira, Carina Rissi e Patricia Barboza.
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