Sob a sombra da morte, Martin Amis
desembarcou nos EUA em meados de 2011. Chegava para acompanhar a agonia do
melhor amigo, o ensaísta britânico Christopher Hitchens, que no ano anterior
fora diagnosticado com um câncer no esôfago.
"Pensei que viveria mais, queria
ficar com ele o máximo de tempo possível. Agora, resta experimentar o
privilégio insano de seguir vivo em sua ausência", diz.
Hitchens, autor de "Deus Não É
Grande", considerado um herdeiro de George Orwell e líder intelectual da
geração de Amis, Ian McEwan e Julian Barnes, morreria em dezembro daquele ano,
aos 62 anos.
Amis, 64, conversou com a Folha por telefone, do Brooklyn, em Nova
York, onde acabou instalando-se com a mulher e as duas filhas.
"Não fugi de Londres. Vim por causa
dele e por razões familiares. Está sendo interessante. Acompanhei o declínio
político da Inglaterra nas últimas décadas. Agora, me parece que vou ver também
o declínio dos EUA."
Seu novo romance, "Lionel Asbo:
Estado da Inglaterra", está saindo no Brasil pela Companhia das Letras.
Muito inspirado em suas conversas com
Hitchens, trata-se de uma sátira ao modo como os britânicos se relacionam com a
cultura das celebridades, contada por meio de uma aventura que se passa em Diston
Town, um bairro imaginário de uma Londres decadente.
Fonte: Folha de São Paulo
Reportagem completa aqui.
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