sábado, 1 de fevereiro de 2014

'Vi o declínio da Inglaterra; vou ver o dos EUA', diz escritor Martin Amis


Sob a sombra da morte, Martin Amis desembarcou nos EUA em meados de 2011. Chegava para acompanhar a agonia do melhor amigo, o ensaísta britânico Christopher Hitchens, que no ano anterior fora diagnosticado com um câncer no esôfago.


"Pensei que viveria mais, queria ficar com ele o máximo de tempo possível. Agora, resta experimentar o privilégio insano de seguir vivo em sua ausência", diz.

Hitchens, autor de "Deus Não É Grande", considerado um herdeiro de George Orwell e líder intelectual da geração de Amis, Ian McEwan e Julian Barnes, morreria em dezembro daquele ano, aos 62 anos.

Amis, 64, conversou com a Folha por telefone, do Brooklyn, em Nova York, onde acabou instalando-se com a mulher e as duas filhas.

"Não fugi de Londres. Vim por causa dele e por razões familiares. Está sendo interessante. Acompanhei o declínio político da Inglaterra nas últimas décadas. Agora, me parece que vou ver também o declínio dos EUA."

Seu novo romance, "Lionel Asbo: Estado da Inglaterra", está saindo no Brasil pela Companhia das Letras.

Muito inspirado em suas conversas com Hitchens, trata-se de uma sátira ao modo como os britânicos se relacionam com a cultura das celebridades, contada por meio de uma aventura que se passa em Diston Town, um bairro imaginário de uma Londres decadente.

Fonte: Folha de São Paulo

Reportagem completa aqui.

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