O escritor brasileiro
Paulo Coelho foi um dos VIPs presentes no evento da Fifa que apontou o Brasil
como sede da Copa do Mundo 2014, ainda em 2007. Muito tempo depois, ele parece
estar bastante arrependido de ter comparecido à festa de gala.
Em entrevista ao jornal francês Le Journal du Dimanche,
o autor de "O alquimista" detonou o Mundial, disse que não irá aos
estádios e atacou e o ex-jogador Ronaldo, membro do Comitê Organizador Local do
torneio de seleções.
"Está fora de questão! Assistirei
aos jogos pela TV, mas eu não vou (ao estádio). Eu tenho dois ingressos para
jogos, e eu estava na delegação oficial com Lula, Dunga e Romário quando a Fifa
escolheu o Brasil. Estou muito decepcionado com tudo o que aconteceu desde
então. Nós poderíamos usar o dinheiro para construir algo diferente de estádios
em um país que precisa de tudo: hospitais, escolas, transportes", disse
Coelho.
"Ronaldo é um imbecil por dizer que não é o papel da Copa do Mundo para construir esta infraestrutura. Ele deveria fechar a boca. A Copa do Mundo pode ser uma bênção e um momento de comunhão para nós como foi para a França ou a Alemanha. Mas é um desastre.", completou.
Apesar das críticas, Paulo Coelho também se revelou um fanático por futebol na entrevista, e apontou a seleção brasileira como favorita a conquistar o título do Mundial.
"Brasil, eu espero (que ganhe)! Eu
gosto muito do Marcelo e do Neymar. Sou um espectador apaixonado, posso
desligar a TV com raiva se as coisas não saem do jeito que eu quiser. Em 1994,
eu preferi ir à praia do que ver a disputa de pênaltis da final Brasil e
Itália. Meu coração não poderia suportar aquilo", contou.
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