Redes Saraiva e Fnac vão abrir novas
lojas em terminais, enquanto a Cultura investirá em e-commerce
Embora
as livrarias brasileiras não tenham enfrentado no mercado local o nascimento de
uma loja virtual que em um piscar de olhos passou a dominar o setor, como
ocorreu nos Estados Unidos com a Amazon, a regra atual das redes no país é a
reinvenção. Com resultados mais magros em 2013, as livrarias não viram outra
alternativa a não ser transformar o modelo de negócio para manter um lugar ao
sol.
Para
ampliar as ocasiões de consumo, grandes lojas estão investindo na criação de
modelos compactos - em aeroportos, por exemplo -, com um leque de produtos que
vão de eletrônicos a artigos para viagem. E nem os tradicionais cafés das
livrarias, que servem para completar a experiência de compra, foram poupados.
Agora, eles sozinhos não bastam. É preciso atrair restaurantes de chefs
renomados para se instalar entre as prateleiras de livros.
Os
números do setor livreiro expuseram a necessidade de mudança. A Fnac, que passa
por ajustes aqui e no exterior, conseguiu ter pequeno lucro operacional em
2013, de pouco mais de 2 milhões de reais, apesar da queda de 1% nas
vendas. Já a Saraiva viu a receita crescer 12%, para quase 1,7 bilhão de reais,
mas despesas não recorrentes levaram a operação de livrarias a um prejuízo de
16 milhões de reais em 2013.
A
Livraria Cultura faturou 450 milhões de reais no ano passado, um
crescimento superior a 10%, mas o ritmo de expansão caiu a cerca da metade do
visto em 2012. A Livraria da Vila não revela números, mas fontes afirmam que é
pouco provável que seu desempenho tenha sido muito diferente do apresentado
pelo restante do setor.
Internet - Cientes de que precisam
aumentar o faturamento na web, as livrarias Vila e Cultura devem interromper a
abertura de lojas em 2014 para investir no online. A Cultura vai
investir 8 milhões de reais em um novo e-commerce que deverá estrear ainda
no primeiro semestre, de acordo com Sergio Herz, presidente da rede e
filho do fundador Pedro Herz. Segundo ele, duas inaugurações de lojas físicas
estavam previstas para este ano, mas a rede pretende empurrar a expansão para
2015. "Nosso objetivo é crescer muito no online", diz.
O
investimento na internet, no entanto, não elimina a necessidade de renovação
das lojas. Para fazer o dever de casa, a Livraria Cultura vai inaugurar nos
próximos meses uma unidade do celebrado restaurante Maní, da chef Helena Rizzo,
dentro da sua unidade no Iguatemi, shopping de luxo de São Paulo. Um espaço ao
ar livre para crianças também está sendo planejado. "Hoje a pessoa se
pergunta duas vezes antes de ir à loja. Por isso, é necessário oferecer uma
experiência interessante ao consumidor", diz Herz.
Aeroportos
- Já a Saraiva e a Fnac devem se
"esbarrar" na busca para abrir mercados. Ambas têm projetos de lojas
menores, de olho no programa do governo de renovar aeroportos com a concessão
de terminais à iniciativa privada. As duas redes vão disputar, já nos próximos
meses, a preferência do cliente no aeroporto de Guarulhos. A Saraiva já abriu
uma unidade na área pública do aeroporto, e a Fnac vai inaugurar uma loja no
novo free shop do terminal.
Com
o movimento, as duas vão tentar ocupar pelo menos parte do espaço deixado pela
Laselva, que sempre dominou este mercado, mas entrou em recuperação judicial em
junho do ano passado e está sendo obrigada a abrir mão dos pontos que ocupava.
A
Saraiva também já está apostando alto em Viracopos, terminal próximo a Campinas
que, a exemplo de Guarulhos, está na fase final de uma grande reforma. A
empresa vai abrir cinco lojas no local, uma para cada "momento" do
passageiro dentro do aeroporto. Haverá unidades maiores na área pública do
terminal e na área de embarque de Viracopos, além de pequenos boxes de até 50
metros quadrados situados em diferentes pontos, caso o passageiro precise de
alguma coisa antes de entrar no avião.
Fonte: Veja
É complicado. Embora seja prazeroso comprar em livrarias físicas, sentar, folhear, tomar um café etc., os preços pela internet sempre saem mais em conta, com descontos sobre capa e cupons, além de descontos progressivos. Ainda compro em livrarias físicas; mas BEM pouco.
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