A Rússia negou devolver aos Estados
Unidos uma coleção de livros sagrados judaicos exigida por Washington, além
disso, a Rússia considerou que era obrigação dos Estados Unidos devolver à
Rússia sete livros do mesmo conjunto que estão em posse dos americanos.
O tribunal decidiu impor aos Estados
Unidos uma multa de 50.000 dólares diários se continuar se negando a devolver
os livros que faltam, depositados na Biblioteca do Congresso em Washington. Em
janeiro de 2013, a justiça americana também condenou a Rússia a multas de
50.000 dólares diários enquanto não devolvesse o conjunto da coleção ao
movimento religioso judeu hassídico Habad-Lubavitch, baseado em Nova York, que
o reivindica.
A coleção conta com 12.000 livros e
50.000 documentos, incluindo mais de 280 manuscritos. Pertenceu em outra época
ao rabino Joseph Isaac Schneersohn, do povoado de Liubavitchi (região de
Smolensk, no oeste da Rússia), um dos centros do movimento religioso judaico hassídico,
expulso da URSS nos anos 1920.
Parte da coleção foi nacionalizada na era
soviética e depositada na Biblioteca do Estado russo.Outra parte havia sido
levada por Schneersohn à Polônia, onde foi apropriada pelos nazistas durante a
Segunda Guerra Mundial. As tropas soviéticas levaram estes livros à Rússia após
a queda do nazismo.
Em junho de 2013, o presidente russo,
Vladimir Putin, decidiu transferir a coleção ao Museu judaico construído em
Moscou, um dos maiores do mundo, onde podem ser consultados pelo público em uma
sala de leitura.
Fonte: No Mundo e Nos Livros
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