Repaginado e ampliado, o Festival de
Paulínia, agora transmutado no Paulínia Film Festival, para abrigar atrações
estrangeiras, inaugurou sua sexta edição na noite desta terça-feira com a
exibição, fora de concurso, de “Não pare na pista – A melhor história de Paulo
Coelho”, a aguardada biografia do escritor carioca, que já vendeu mais de 165
milhões de livros no mundo inteiro.
O ator Júlio
Andrade, protagonista de "Não pare na pista - A melhor história de Paulo
Coelho", na abertura do Festival de Paulínia
Realizado ao custo de R$ 12,5 milhões, e
com sequências rodadas no Brasil e na Espanha, o filme dirigido por Daniel
Augusto rivaliza com as ambições do evento que o acolheu: suspenso desde 2012
devido a uma crise administrativa, o festival retorna suas atividades em 2014
distribuindo R$ 800 mil em prêmios.
O Teatro Municipal de Paulínia ficou pequeno para o número de convidados locais
e estrangeiros – os diretores Abel Ferrara e Tony Gatlif, a atriz Jacqueline
Bisset, e os atores americanos Danny Glover e Michael Madsen, entre outros –
que atravessou o tapete vermelho para assistir à longa cerimônia inaugural. O
ator Júlio Andrade, intérprete de Paulo Coelho, assistiu grande parte dela sentado
nos degraus da plateia.
“Não pare na pista” recria, com a ajuda
da ficção, a trajetória do autor de “O alquimista” antes da fama internacional.
O roteiro, de Carolina Kotscho (“2 filhos de Francisco”) alterna momentos da
vida do escritor na adolescência, na fase adulta e na maturidade para mostrar
os tormentos de um personagem em busca de um sonho.
O filme, que chega aos cinemas em 14 de agosto, abre com a imagem de um jovem
Paulo Coelho (Ravel Andrade, irmão de Júlio) abrindo os bicos de gás do fogão
de casa, numa tentativa abortada de suicídio. É a primeira de muitas crises
mentais que resultarão em internações e em conflitos familiares, um caminho
tortuoso que o guiará até a parceria com Raul Seixas (Lucci Ferreira) e, no
fim, à formação do escritor.
– Para mim, esta noite é particularmente
especial porque estou com o meu irmão caçula aqui. Ele sempre vivia dizendo que
queria ser ator, e hoje ele está aqui comigo – disse Júlio, abraçando o Ravel,
ao lado da equipe do filme.
*O repórter viajou a convite da
organização do Festival de Paulínia
Fonte: O Globo
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