sábado, 31 de agosto de 2013

Vidas Provisórias


Expatriados, separados no tempo e na geografia, Paulo e Barbara compartilham, além da experiência do exílio, o estranhamento pela perda de suas identidades, o isolamento e a sensação de interrupção do curso normal de suas vidas. Diferentes motivos os levam ao estrangeiro. Em 1970, Paulo, perseguido pela ditadura militar, é preso, torturado e abandonado sem documentação na fronteira, de onde segue para o Chile e depois para a Suécia. Barbara, com uma identidade falsa, deixa o país para trás em 1991 — durante o governo Collor —, fugindo de um rastro de violência, e se instala nos Estados Unidos como imigrante ilegal.

Em seu terceiro romance, Edney Silvestre cria um vigoroso retrato das transformações que ocorreram no país e no mundo nos últimos quarenta anos, com uma trama que viaja pelo Chile, Suécia, Estados Unidos, França e Iraque. O autor se vale, com sensibilidade, de sua experiência de onze anos como correspondente baseado em Nova York para revelar o universo dos imigrantes e, ao mesmo tempo, recriar de forma contundente um Brasil visto a distância.

Na Suécia, Paulo se apaixona por Anna, militante da Anistia Internacional, com quem forma uma família. Mas é perseguido pelas lembranças dos sofrimentos que viveu e por uma sombra em seu passado. Nos Estados Unidos, Barbara, ainda adolescente, sobrevive de faxinas e serviços de manicure, abandonando seus sonhos de entrar para a universidade e conhecer o mundo. Sem falar inglês, sob o medo constante de ser desmascarada, ela convive com uma rede de prostitutas brasileiras e esconde uma paixão impossível. Satisfaz-se em ser mais um rosto anônimo e estrangeiro na multidão, sem se integrar ao país que escolheu habitar.


Sobre o autor:

Edney Silvestre nasceu em Valença (RJ), em 1950. Jornalista de longa carreira, se destacou na cobertura dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 para a Rede Globo — quando era correspondente em Nova York. É apresentador do programa GloboNews Literatura. Seu primeiro romance, Se eu fechar os olhos agora (2009), conquistou elogios da crítica e prêmios como o Jabuti, de melhor romance, e São Paulo, de autor estreante, e foi publicado em outros sete países.


sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Quem vai traduzir The Cukoo’s Calling?


Ryta Vinagre, a tradutora da série Crepúsculo no Brasil, vai assinar a versão nacional de The Cukoo’s Calling, com lançamento previsto para novembro pela Rocco. A editora já havia comprado os direitos do livro, que foi lançado no exterior por JK com o pseudônimo Robert Galbraith.



The Cukoo’s Calling (O Chamado do Cuco) terá uma tiragem inicial de 100.000 exemplares. Antes, a Rocco pensava em 15.000. A mudança segue a lógica do mercado. As vendas do policial chegaram a subir 1.400% depois de JK Rowling assumir tê-lo escrito.

Enquanto a Rocco traduz o livro, estúdios de Hollywood brigam pelos direitos de adaptá-lo. A Warner Bros., responsável pela franquia Harry Potter, está na dianteira.




Bienal do Rio 2013


DESTAQUES

A escrita entre a realidade a ficção é o tema do debate do escritor Zuenir Ventura, que lançou o livro de memórias "Sagrada Família", e da autora e atriz Claudia Lage, colaboradora da elogiada novela histórica "Lado a Lado". A mediação é de Suzana Vargas. Dia 30 de agosto, 19h.

Geração X,Y e Z. Se as fronteiras e as definições entre estes tipos de leitores te interessam, não perca o debate com o escritor americano Matthew Quick, autor de "O lado bom da vida", ao lado de Flavio Carneiro e Socorro Acioli. Com Henrique Rodrigues, dia 31, às 14h.

Dia 31, às 17h, o Pavilhão Verde promete esquentar muitos graus acima com a mediação de Monica Marteli para a conversa entre Marcelo Rubens Paiva e Regina Navarro Lins. Sexualidade, erotismo, padrões e fantasias. Quente!

O que as vozes femininas do outro lado do Atlântico nos contam sobre as culturas africanas é o tema do papo do escritor moçambicano Mia Couto, do autor de “Cidade de Deus”,  Paulo Lins, e da jornalista Flávia Oliveira. Com a jornalista Bianca Ramoneda, no dia 31, às 19h30.

Que o Porta dos Fundos vai lançar livro na Bienal todo mundo já sabe, mas e data hora e lugar? Anota aí: 1º de setembro, domingo, às 15h. O coletivo vai tentar falar sério sobre hábitos de consumo e transformações nas culturas juvenis.

“Família eh! Família ah! Família!” É o tema do encontro do titã e escritor Tony Bellotto na Bienal. Dia 04 de Setembro, quarta-feira , 17h, Belloto lança o seu mais recente livro "Machu Picchu: na trilha das famílias", que mergulha nas relações humanas e intergeracionais.


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Dicas para ser um escritor - Decálogo


Decálogo por Nelson de Oliveira 


1. Ler muito. Ler de tudo. Ler sem preconceito. Os prosadores devem ler bons poemas. Os poetas devem ler boa prosa. Digo isso porque tenho notado que a maioria dos prosadores não aprecia a arte poética, assim como a maioria dos poetas não aprecia a arte da prosa. Isso não é sinal de inteligência. O escritor iniciante também precisa cultivar o gosto pela reflexão teórica. Livros de filosofia, de crítica e de história da literatura precisam freqüentar sua mesa de trabalho.

2. Ler muito. Ler de tudo. Ler sem preconceito. Ler o passado e o presente, o cânone e a atualidade. Digo isso porque tenho notado que metade dos escritores iniciantes aprecia somente a literatura contemporânea, enquanto a outra metade aprecia somente os clássicos. Isso não é sinal de inteligência. O passado e o presente precisam estar em perpétuo diálogo.

3. Ler muito. Ler de tudo. Ler sem preconceito. Ler os brasileiros e os estrangeiros, os daqui e os de lá. Digo isso porque tenho notado que metade dos escritores iniciantes aprecia somente a literatura brasileira, enquanto a outra metade aprecia somente os estrangeiros. Isso não é sinal de inteligência. Certo, eu confesso: eu pertenço ao primeiro time, esse mandamento vale pra mim. Aprecio muito mais a prosa e a lírica brasileiras do que a prosa e a lírica estrangeiras. Por isso tenho me obrigado, ao menos profissionalmente, a estar sempre em contato com os de lá. Minha tese de doutorado foi sobre a lírica portuguesa contemporânea.

4. Ler muito. Ler de tudo. Ler sem preconceito. Ler desconfiando do que está lendo, ler desconfiando do autor, do editor, do livreiro. Desconfie dos livros de sua predileção, desconfie mais ainda dos autores de sua predileção. Livros e autores, ame-os intensamente, sim, mas jamais se entregue à idolatria cega, pois os escritores são mestres na arte da sedução e do engano.

5. Ver muito. Ver de tudo. Ver sem preconceito. Cinema, dança, artes plásticas, teatro, seriados de tevê. Ouvir muito. Ouvir de tudo. Ouvir sem preconceito. Música erudita e popular, clássica e contemporânea. Ler muito. Ler de tudo. Ler sem preconceito. Quadrinhos, quadrinhos, quadrinhos. Jogar muito. Jogar de tudo. Jogar sem preconceito. Videogame, RPG, cosplay.

6. A literatura é antes de tudo linguagem. Linguagem articulada com sensibilidade e talento. Linguagem estética, subjetiva, conotativa, que ultrapassa a linguagem ordinária, objetiva, denotativa. O escritor não deve procurar com avidez o mínimo denominador comum: apenas a linguagem que é acessível à maioria das pessoas. Quem faz isso são os autores de best-sellers, simples contadores de histórias, simples versejadores, não os verdadeiros escritores.

7. Evite o estereótipo, fuja do clichê, corra do chavão, não marque encontro com o lugar-comum. O critério originalidade não é exclusivo apenas do desfile das escolas de samba, ele ainda faz sentido também na atividade literária.

8. Bons sentimentos não fazem boa literatura. Afaste-se do tratamento edificante, repleto de boas intenções. A sociedade está cheia de defeitos, porém a melhor forma de propor soluções não é produzir literatura doutrinária, militante, moralista.

9. A função da boa literatura não é entreter e deleitar, mas inquietar e provocar o leitor. Se a narrativa e o poema passam o tempo todo adulando o leitor, dando-lhe somente o que ele deseja, evitando constrangê-lo ou contrariá-lo, essa narrativa e esse poema são péssimas peças literárias.

10. Prosadores, evitem as formas consagradas, evitem o conto e o romance realista, inventem sua própria forma, a teoria do efeito único e concentrado (Poe e Tchekov) e a do iceberg (Hemingway e Piglia) pertencem ao passado glorioso. Poetas, evitem as formas clássicas, evitem o verso de medida fixa, inventem sua própria métrica, fujam da rima, o poema regularmente metrificado e rimado pertence ao passado glorioso.


Sobre o autor:

Nelson de Oliveira é doutor em Letras pela Universidade de São Paulo (USP) e autor de livros como Naquela Época Tínhamos um Gato,Subsolo Infinito A Maldição do Macho, e organizador de duas antologias de contos Geração 90:Manuscritos de Computador (2001) e Geração 90: Os Transgressores (2003), além de autor da coletânea A Oficina do Escritor: sobre Ler, Escrever e Publicar.



Maurício de Sousa e Ziraldo se unem em projeto de estímulo à leitura


Maurício de Sousa e Ziraldo, dois dos escritores e ilustradores de maior alcance com o público infantil, querem usar a internet para ampliar o número de leitores no país, por meio do método Kumon de aprendizagem.


Esse método de ensino foi criado na década de 1950, no Japão, pelo professor de matemática Toru Kumon, e estimula o aluno a gostar de aprender e a se sentir seguro no processo de aprendizagem. 

Ziraldo disse, em entrevista à Agência Brasil, que é preciso fazer algo diferente para que a leitura seja um hábito nacional.

Para o autor, o ser humano só fica pronto depois que sabe ler, escrever e contar (a história que leu). “Não adianta ter os cinco sentidos e ser analfabeto”, argumentou. Ziraldo que acredita que ler dá autonomia às pessoas.

 A ideia de lançar um método Kumon de leitura começou a ser alinhavada entre os dois ilustradores e consiste em usar suas personagens principais - a Mônica, de Maurício de Sousa, e o Menino Maluquinho, de Ziraldo – em um programa de televisão educativo.


quarta-feira, 28 de agosto de 2013

“I Have a Dream”


Há 50 anos, no dia 28 de agosto de 1963, mais de 200 mil norte-americanos se juntaram à marcha na capital americana, Washington DC, exigindo justiça igual para todos os cidadãos perante à lei.

                                        As Palavras de Martin Luther King - Editora zahar

Naquele dia, uma multidão inter-racial ouviu Martin Luther King fazer seu famoso discurso 'I have a dream' ('Eu tenho um sonho'), prevendo uma época em que a liberdade e a igualdade para todos se tornariam uma realidade nos 
Estados Unidos.

Em 1964, o Congresso americano aprovou a Lei dos Direitos Civis, que proíbe todas as formas de discriminação contra as minorias raciais, étnicas, nacionais e religiosas, e também a discriminação contra as mulheres.

                                    Multidão ouviu Martin Luther king - "I Have a Dream"

Luther King nasceu em 15 de janeiro de 1929. - Em 28 de agosto de 1963, King liderou a Marcha sobre Washington e pronunciou seu famoso discurso “Eu tenho um sonho” para um público de 250 mil pessoas.

Em 10 de dezembro de 1964, King recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Morreu em 4 de abril de 1968, assassinado em um quarto de hotel em Memphis, Tennessee.  

Em 18 de janeiro de 1986, o presidente Ronald Reagan estabeleceu o Dia de Matin Luther King, um feriado nacional celebrado toda terceira segunda-feira de janeiro.


O Clube do Livro do Fim da Vida - Will Schwalbe


O ambulatório de um hospital para tratamento quimioterápico não é certamente o melhor lugar para se escrever um livro, mas foi lá que o escritor norte-americano Will Schwalbe concebeu O Clube do Livro do Fim da Vida, best-seller que, no ano passado, liderou por semanas a lista dos mais vendidos do jornal The New York Times.


Lançado agora no Brasil pela editora Objetiva, nele Schwalbe relata as conversas que teve com a mãe na sala de espera do Memorial Sloan-Kettering, em Nova York, um edifício preto na esquina da rua 53 com a Terceira Avenida cuja arquitetura já deprime por sua frieza de aço e vidro. Lá dentro, porém, Schwalbe e sua mãe Mary Anne, que ficou conhecida por ajudar refugiados de todo o mundo, esquentavam o ambiente com calorosas conversas sobre literatura.


Na antessala das sessões de quimioterapia, mesmo debilitada, ela não falava sobre sua doença, mas daquilo que mais gostava: literatura. Schwalbe até evitava perguntar o que estava lendo, pois, para sua frustração, Mary Anne já começava contando o fim da história.


Para um escritor e também editor de livros, isso era duplamente decepcionante, mas o incontido entusiasmo da mãe tinha uma razão: a doença avançava rapidamente e ela queria transmitir a Schwalbe sua experiência pessoal de ler em estado de emergência. Foram dois anos de luta contra o câncer pancreático, até a morte de Mary Anne, aos 75 anos, em 2009.



terça-feira, 27 de agosto de 2013

Resenha: blog Mania Compulsiva por Livros


Pessoal,

O livro A Outra Sombra acaba de ganhar mais uma resenha. A autora da resenha é a Feh Almeida do blog Mania Compulsiva por Livros. Ficarei feliz se puderem dar uma passadinha por lá e comentar (se possível). Abraços ;)


Confira abaixo alguns trechos da resenha:

(...) Ao longo do livro, encontramos momentos muito angustiantes (...)

A Outra Sombra realmente me surpreendeu. Foi além de minhas expectativas.

O autor consegue uma ótima narrativa, e com suas palavras, deixa momentos tensos mais leves. Confesso que virei uma grande... (...)

Ao terminar de ler o livro, fiquei com uma sensação muito boa. Esses são aqueles livros que nos fazem refletir, sabe... (...)  Leia +



Divulgado primeiro trailer do filme ‘Divergente’


Longa baseado em série de livros é considerado o ‘novo Jogos Vorazes’


Foi divulgado durante o Video Music Awards (VMA), no último fim de semana, o primeiro trailer do filme Divergente, previsto para estrear nos Estados Unidos em 21 de março de 2014. Considerado o "novo Jogos Vorazes", o longa é a adaptação do primeiro livro de uma trilogia escrita pela americana Veronica Roth. 

A história se passa em Chicago em um futuro não determinado, no qual a sociedade foi dividida em cinco facções denominadas como Amizade, Abnegação, Audácia, Erudição e Franqueza. Cada uma delas tem a função de usar seus valores em prol de todos, porém a população é controlada pelos líderes, que utilizam soros de simulação e dominam a mente e as atitudes dos indivíduos. Os únicos que não podem ser controlados são os divergentes, que devem manter em segredo a resistência ao sistema.

A atriz Shailene Woodley (Os Descendentes) ficou com o papel de Tris, a jovem protagonista da saga. E a veterana Kate Winslet encarnou a vilã Jeanine Matthews, líder da Erudição. O longa será lançado no Brasil no primeiro semestre de 2014, segundo informações da Paris Filme.

Confira o trailer do filme: 
                        



Estreia - "Os Instrumentos Mortais-Cidade dos Ossos"



Com o fim da milionária franquia "Crepúsculo" em 2012, os estúdios correram para encontrar outra série juvenil fantástica para preencher o vazio. Depois do recente "Dezesseis Luas" (baseado nos livros de Kami Garcia e Margaret Stohl), chega agora aos cinemas "Os Instrumentos Mortais-Cidade dos Ossos", baseado na obra homônima da norte-americana Cassandra Clare.


O que todas essas histórias têm em comum? Além do incontestável sucesso editorial, centram-se em jovens que descobrem possuir um poder paranormal, ao mesmo tempo que se apaixonam por rapazes, cujo amor parece impossível (pelo menos nos primeiros livros). Embora o argumento pareça banal, as escritoras conseguem dar complexidade à fantasia, tornando tudo mais misterioso e movimentado.

Longe do drama vampiresco de Stephenie Meyer, as mais recentes autoras incrementam a ação, apesar do clima de romance. Em "Dezesseis Luas", bruxas (ou "conjuradoras", como preferem) e feiticeiros lutam pelo bem e o mal, enquanto Lena, a protagonista, enfrenta bullying na escola e declara seu amor à literatura ao lado do namorado. O capricho da produção nos cinemas ganhou maior brilho com as participações especiais de Emma Thompson, Jeremy Irons e Viola Davis.


Cassandra Clare segue um caminho semelhante e "Os Instrumentos Mortais-Cidade dos Ossos", dirigido por Harald Zwart (do novo "Karate Kid"), mantém a engenhosidade e o clima soturno do livro, acompanhando a transformação de Clary (Lily Collins, de "Espelho, Espelho Meu"). Em determinada noite, em uma boate de Nova York, ela testemunha um assassinato. Apesar do grito de horror, ninguém ao seu lado consegue enxergar o assassino ou a vítima, mesmo o seu melhor amigo, Simon (Robert Sheehan).



segunda-feira, 26 de agosto de 2013

O Apanhador no Campo de Centeio: autor deixou obras póstumas


O autor do clássico da literatura O Apanhador no Campo de Centeio, J.D. Salinger, que faleceu aos 91 anos em 2010, deixou pelo menos cinco livros escritos para serem publicados a partir de 2015, segundo informa o site The New York Times. Entre as histórias póstumas estão algumas totalmente inéditas e outras que são continuação de trabalhos já publicados.


A revelação foi feita por biógrafos do autor que participaram da produção do livro e do documentário, ambos denominados Salinger. A cinebiografia, que estreia nos Estados Unidos no dia 6 de setembro, traz o depoimento de diversos especialistas em literatura e atores famosos, como Philip Seymour Hoffman e Edward Norton.



Segundo o jornal, Salinger continuou a escrever durante as décadas em que ficou recluso. Seu último conto, 
Hapworth 16, 1924, foi publicado na revista The New Yorker em 1965.


O diretor do documentário, Shane Salerno, passou nove anos pesquisando sobre a vida do autor e revelou detalhes sobre as histórias deixadas por Salinger. Entre elas está uma antologia sobre a família Glass, já apresentada no livro Carpinteiros, Levantem Bem Alto a Cumeeira e Seymour, uma Apresentação, um romance sobre a Segunda Guerra Mundial e um manual sobre a vedanta, filosofia hindu que Selinger seguia. 



domingo, 25 de agosto de 2013

O homem que forjou um Best-seller


Em 1969, ainda como executivo da Paramount, o veterano produtor de Hollywood Bob Rehme estava encarregado de promover o filme “Bravura indômita” (True grit) – o primeiro, que valeu o Oscar a John Wayne.


Ocorre que a Paramount havia comprado os direitos do livro homônimo, de autoria de Charles Portis antes mesmo de sua publicação. Apostava num sucesso de vendas, sobre o qual erguera toda a estratégia comercial do filme: “baseado no best-seller” era uma frase fundamental nos cartazes. Mas, embora o livro tivesse colhido boas resenhas, o aguardado sucesso se recusava a vir. E agora?

Fácil: aproveitando-se do fato significativo de que uma pequena fração da verba promocional à sua disposição era suficiente para comprar milhares de exemplares de qualquer livro do mundo, o indômito Bob Rehme mandou fazer exatamente isso. Não sem antes, competente, levantar a relação das livrarias que o “New York Times” monitorava para apurar sua prestigiosa lista de mais vendidos. O resto é história.


Nunca um lugar no alto do rol de best-sellers foi tão garantido. O que é um golpe de marketing e tanto, mas, pensando bem, de uma simplicidade tão desconcertante que admira não ter sido empregado muitas outras vezes – inclusive no Brasil, onde o preço do ingresso nesse Olimpo é bem mais baixo.

Mas, pensando um pouco mais, quem disse que não foi?



sábado, 24 de agosto de 2013

'A Menina que Roubava Livros': trailer ressalta drama de judeu escondido do nazismo


A adaptação cinematográfica do best-seller A Menina que Roubava Livros, de Markus Zusak, ganhou o seu primeiro trailer. Ambientada na II Guerra Mundial, a história gira em torno do drama da garota Liesel Meminger (Sophie Nélisse). Ela é enviada pela mãe, perseguida pelo nazismo, para o subúrbio pobre de uma cidade próxima a Munique, onde passa a viver com pais adotivos, Hans e Rosa Hubermann.

                                                 Cena do filme "A Menina que Roubava Livros"

Pelo trailer, o filme parece focado na relação de Liesel com o judeu que vive escondido na casa da família Hubermann, outra potencial vítima do nazismo, e com o pai adotivo, que se dá ao trabalho de alfabetizá-la. A proximidade da menina com os dois a estimula a ler e a furtar livros, em uma época em que obras consideradas contrárias aos ideais do regime de Hitler eram queimadas.



Dirigido por Brian Percival, A Menina que Roubava Livros conta com Geoffrey Rush (O Discurso do Rei) e Emily Watson (Ondas do Destino) no papel dos pais adotivos de Liesel. O longa tem estreia prevista para 15 de novembro nos Estados Unidos e chega ao Brasil apenas no ano que vem, em 31 de janeiro. 



sexta-feira, 23 de agosto de 2013

IV Prêmio Clube de Autores de Literatura Contemporânea


No ar o IV Prêmio Clube de Autores de Literatura Contemporânea! Participe!


Três anos se passaram desde a primeira edição do Prêmio Clube de Autores, com mais de 1.500 obras participando em um dos concursos mais democráticos do universo literário brasileiro! 

E, claro, isso abre o caminho para a quarta edição, que já está no ar mantendo a característica de ser 100% gratuito e com o objetivo de permitir que a própria comunidade se manifeste sobre os livros aqui publicados.

Da mesma forma que nas últimas edições, ele continua dividido em duas fases: a primeira de votação popular e a segunda com eleição feita por um júri de convidados do próprio Clube de Autores, privilegiando critérios mais técnicos para as escolhas finais ao invés apenas da popularidade dos autores.

Clique aqui e saiba mais sobre o prêmio!


A Mente Suja de Robert Crumb


Crumb só para brasileiros


Os desenhos mais pervertidos de Robert Crumb terão até setembro antologia exclusiva para o país, feita por Rogério de Campos, com autorização do artista, para a Veneta.


Com mais de 200 páginas, “A Mente Suja de Robert Crumb” reúne histórias como “Joe Blow”, proibida em 1969 por um juiz que ignorou testemunhas de defesa sob a alegação de que “só porque não desperta interesses lascivos em pessoas sofisticadas não significa que não seja obscena”.





quinta-feira, 22 de agosto de 2013

'Harry Potter' ganha edição especial de 15 anos


Em comemoração aos 15 anos da série Harry Potter, a editora americana 'Scholastic' acaba de relançar toda a coleção de livros com capas inéditas.



A notícia ruim é que as novas edições estão disponíveis apenas em inglês e a editora 'Rocco', detentora dos direitos da saga no Brasil, não pensa em publicá-las por aqui. 


Mesmo assim, vale a pena conferir os desenhos feitos pelo artista japonês naturalizado americano Kazu Kibuishi. 

Veja algumas capas abaixo:





Fonte: ibahia



quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Cadê a boa literatura brasileira?


Por Luís Antônio Giron

A grande literatura brasileira tão cultuada já não existe mais. Basta reparar no conteúdo das obras literárias lançadas recentemente ou mesmo as destacadas por prêmios como Portugal Telecom, Jabuti, Passo Fundo, Machado de Assis e tantos outros.

E é suficiente dar uma olhada na lista dos livros mais vendidos de ÉPOCA desta semana para se dar conta de que não há mais brasileiro “de prestígio” no rol dos mais vendidos. Entre os best-sellers, dominam a ficção-espetáculo, preparada para virar superprodução de Hollywood, ou então a autoajuda e os títulos pseudo-úteis. Consultar a lista é desembarcar na repetição das fórmulas e na ausência de ideias. É chick lit e vamp lit pra cá, espiritualismo e fantasia pra lá. 

As editoras também não se esforçam. Não apostam em bons autores, preferindo investir naqueles escritores que deem retorno, se não em vendas, ao menos em supostas garantias de espaços nos meios de comunicação. São vaidosos encilhados, prontos para atender seus editores espertalhões. Ora, isso não é arte, e sim o mais reles tráfico de influência. Conheço autor que vive apenas do escambo de elogios, resenhas positivas e edições bonitas. Os salões literários estão repletos deles.

Fonte: revistaepoca.globo.com


Sasha Grey lança livro em São Paulo


Quando virou uma estrela do cinema pornô, em 2006, a atriz americana Sasha Grey, 25, explicava que o seu codinome (o nome real é Marina Ann Hantzis) era uma referência a Dorian Gray, personagem do escritor Oscar Wilde.

Hoje ela pode se considerar colega do autor inglês. Sasha lança em São Paulo o seu romance de estreia, "Juliette Society", que conta a história de um clube de sexo mantido por figurões da alta sociedade.

Muito do que trata o livro, por óbvio, tem inspiração na carreira de mais de 100 filmes da atriz, que extrapolou o mundo pornográfico e atuou em filmes, digamos, mais sérios, como "Confissões de Uma Garota de Programa", de Steven Sordebergh.

Aposentada dos sets de filmes adultos desde 2011, hoje Sasha é milionária e vocalista de uma banda de rock industrial.

Fonte: Folha

Cinquenta Tons de Cinza: O Filme


Ator de Círculo de Fogo deve ser Christian Grey

O ator Charlie Hunnam (Círculo De Fogo) é o preferido da Focus Features para viver Christian Grey na adaptação ao cinema de Cinquenta Tons de Cinza, segundo o Twitch.


Hunnam ficou famoso na série de TV Sons of Anarchy e protagonizou Círculo de Fogo. Ele voltará a trabalhar com o diretor Guillermo Del Toro em Crimson Peak.

Sam Taylor-Johnson (O Garoto De Liverpool) assina a direção do filme baseado no primeiro livro da trilogia erótica da escritora E.L. James, que acompanha Christian Grey, um milionário sadomasoquista, que seduz a protagonista Anastasia Steele.

Felicity Jones (Loucamente Apaixonados) é a preferida viver a virginal estudante de literatura.

Kelly Marcel, cocriadora da série de TV Terra Nova, adapta o roteiro. Cinquenta Tons de Cinza tem estreia marcada nos EUA para 1º de agosto de 2014.


Fonte: Yahoo.com

terça-feira, 20 de agosto de 2013

O homem que recusou Harry Potter


“Caro Roberto, temos aqui um livro juvenil, com ótimo potencial de venda, que você deveria comprar. Chama-se ‘Harry Potter’.”

“Obrigado pela indicação, Tessie, mas não tenho interesse.”

“Roberto, o livro vai estourar. É essa sua decisão? Você vai se arrepender.”

“Sim, é essa minha decisão, Tessie. Muito obrigado.”


Foi com alguns erros – e muitos acertos – que Roberto Feith fez da editora Objetiva uma das maiores do país. A troca de e-mails, descrita acima, ocorreu em meados dos anos 1990, entre Tessie Barham, hoje uma importante agente literária – na época uma das “avaliadoras de textos” da Objetiva –, e Feith, um jornalista bem-sucedido, dono de uma produtora de vídeo, recém-migrado para o incerto mercado editorial brasileiro.

Depois de rejeitar a saga escrita por J. K. Rowling, que vendeu 450 milhões de exemplares pelo mundo – 4 milhões deles no Brasil (pela editora Rocco) –, Feith conseguiu dar a volta por cima: trouxe o astro Paulo Coelho para a então média editora, fez de Luis Fernando Verissimo um dos autores mais populares do país e deu o salto financeiro no momento certo, em 2005 – quando o mercado editorial brasileiro se tornou altamente competitivo –, ao vender 75% da Objetiva ao grupo Prisa-Santillana, gigante do setor.

A transação permitiu que a editora realizasse um amplo plano de reestruturação, que tinha como objetivo torná-la mais dinâmica e diversa. Hoje, sob o comando de Roberto Feith, de 61 anos, o grupo se divide em cinco selos (Suma, Alfaguara, Fontana, Objetiva e Ponto de Leitura), cada um com equipes próprias e objetivos distintos, apoiados pela mesma estrutura operacional e empresarial – e não depende mais de um best-seller para sobreviver.

Fonte: observatoriodaimprensa