quinta-feira, 31 de outubro de 2013

“Vísceras”: o conto mais perturbador que você lerá em sua vida [?]


Do autor de Clube da Luta, Chuck Palahniuk, apresento: “Vísceras”, o conto que fez 67 pessoas desmaiarem.

Não há muito que eu possa dizer sobre esta obra-prima da literatura sem entregar sua trama e acabar estragando a surpresa, ou a experiência que é lê-la pela primeira vez, aflito, sem saber qual a próxima coisa horrível que está prestes a acontecer. E, sim, digo que é uma obra-prima exatamente por sua capacidade de ter uma narrativa tão forte e impactante a ponto de fazer pessoas desmaiarem.


Quem conhece o autor sabe bem que seus escritos tendem a ser um pouco perturbadores, e sua narrativa simples e dinâmica, quase sempre em primeira pessoa, tem o poder de nos aproximar do personagem narrador de maneira assustadora. E este conto é o maior exemplo disso.


Antes, deixo aqui o relato de Chuck sobre os desmaios durante as sessões de leitura do conto, em 2005, que pode ser encontrado no site do jornal britânico Telegraph.

“No tour promocional do meu novo romance, li um conto chamado Vísceras pela primeira vez em público. A ideia era incluí-lo em um outro livro que se chamaria Assombro. Meu objetivo com a história era causar horror com coisas bastante comuns: cenouras, velas e piscinas.
Eu estava em uma livraria lotada em Portland, Oregon. Cerca de 800 pessoas foram o suficiente para atingir a capacidade de lotação máxima do local. Ler Vísceras requer um certo nível de concentração, e por isso você não tem muito tempo para desviar os olhos do papel. Mas sempre que eu podia, o fazia e via algumas pessoas nas fileiras da frente com uma cara não muito boa.

Mas foi só quando eu acabei de autografar alguns livros que um funcionário se aproximou e me disse que dois homens haviam desmaiado. Os dois despencaram no chão de concreto e não tinham lembrança alguma além de estar em pé, ouvir a leitura e acordar rodeados pelos pés das outras pessoas. A livraria estava cheia e abafada, pensei. Foi apenas uma casualidade, nada preocupante.

Na noite seguinte, em uma livraria com ar-condicionado em Borders, outra grande plateia ouvia a leitura de Vísceras quando mais duas pessoas desmaiaram. Um homem e uma mulher.
No outro dia, em Seattle, mais duas pessoas foram ao chão exatamente na mesma parte da história, derrubando suas cadeiras com um estrondo no piso de madeira do auditório. A leitura teve que ser interrompida enquanto traziam os dois de volta à consciência. Foi aí que percebemos que tínhamos um padrão.

Na noite seguinte, em São Francisco, mais três pessoas desmaiaram.
Na seguinte, em Berkeley, mais três. Um jornalista que esteve nas três leituras disse que todas as pessoas caíram no momento em que eu li as palavras “milho e amendoim”. Foi esse detalhe que fez as pessoas despencarem de suas cadeiras. Primeiro, suas mãos tombavam para o lado e seus ombros cediam, fazendo a cabeça pender para um lado. Depois, era o peso todo indo ao chão.

Na livraria de Beverly Hills, em Los Angeles, uma mulher ao fundo do salão gritou pedindo que chamassem paramédicos e uma ambulância, chorando tão desesperadamente que sua blusa ficou encharcada, tendo que ser torcida por seu marido, molhando o chão.

No banheiro masculino, outro homem tentava fugir da história quando se inclinou  para lavar seu rosto com um pouco de água fria e desmaiou, batendo sua cabeça contra a pia.

Um repórter do Publishers Weekly escreveu um artigo com a manchete: “Autor de Clube da Luta derruba-os com um soco.”

Na Universidade de Columbia, no dia seguinte, dois estudantes desmaiaram. Enquanto a ambulância os levava para o hospital, meu editor foi até a ponta do palco, acenou para mim, e quando eu me aproximei, disse: “Acho que você já fez bastante estrago com essa história. Não termine de lê-la.”


Na Grã-Bretanha, algumas pessoas desmaiaram nas leituras em Leeds e Cambridge. Em Londres, os banheiros ficaram lotados de pessoas bem vestidas que escaparam da história para deitar no chão frio e se recuperarem do que haviam escutado.


Até agora, 67 pessoas desmaiaram enquanto eu lia Vísceras. É um conto de nove páginas, e na maioria das vezes, levo cerca de 30 minutos para lê-lo, porque na primeira metade, preciso pausar para que a plateia possa rir, e na segunda, para que ela possa ser reanimada.
Meu objetivo era criar um novo tipo de história de horror, baseada no cotidiano, no mundo em que vivemos, sem monstros ou mágica. Vísceras, e o livro que o traz, seriam o alçapão para um lugar sombrio. Um lugar para o qual só você poderia ir, sozinho. Apenas livros têm este poder.



Um filme tem que seguir um determinado modelo se quer atingir um vasto público. E ninguém liga muito para os livros. Ninguém se importou em proibir um livro em décadas. E com essa falta de consideração, vem a liberdade que só os livros têm. E Vísceras é, com certeza, a mais sombria, mais engraçada, mais sádica ou mais perturbadora história em Assombro. A maioria eu nem me interesso em ler em público.”


E, agora, finalmente, o conto em si.


Vou deixar um aviso que se você não achar nada de mais, ou achar até divertido e, de alguma forma, engraçado, vá buscar ajuda psiquiátrica, ou comece a escrever.

Inspire.
Inspire o máximo de ar que conseguir. Essa história deve durar aproximadamente o tempo que você consegue segurar sua respiração, e um pouco mais. Então escute o mais rápido que puder.

Um amigo meu aos 13 anos ouviu falar sobre “fio-terra”. Isso é quando alguém enfia um consolo na bunda. Estimule a próstata o suficiente, e os rumores dizem que você pode ter orgasmos explosivos sem usar as mãos. Nessa idade, esse amigo é um pequeno maníaco sexual. Ele está sempre buscando uma melhor forma de gozar. Ele sai para comprar uma cenoura e lubrificante. Para conduzir uma pesquisa particular. Ele então imagina como seria a cena no caixa do supermercado, a solitária cenoura e o lubrificante percorrendo pela esteira o caminho até o atendente no caixa. Todos os clientes esperando na fila, observando. Todos vendo a grande noite que ele preparou.

Então, esse amigo compra leite, ovos, açúcar e uma cenoura, todos os ingredientes para um bolo de cenoura. E vaselina.

Como se ele fosse para casa enfiar um bolo de cenoura no rabo.

Em casa, ele corta a ponta da cenoura com um alicate. Ele a lubrifica e desce seu traseiro por ela. Então, nada. Nenhum orgasmo. Nada acontece, exceto pela dor.

Então, esse garoto, a mãe dele grita dizendo que é a hora da janta. Ela diz para descer, naquele momento.

Ele remove a cenoura e coloca a coisa pegajosa e imunda no meio das roupas sujas debaixo da cama.

Depois do jantar, ele procura pela cenoura, e não está mais lá. Todas as suas roupas sujas, enquanto ele jantava, foram recolhidas por sua mãe para lavá-las. Não havia como ela não encontrar a cenoura, cuidadosamente esculpida com uma faca da cozinha, ainda lustrosa de lubrificante e fedorenta.

Esse amigo meu, ele espera por meses na surdina, esperando que seus pais o confrontem. E eles nunca fazem isso. Nunca. Mesmo agora que ele cresceu, aquela cenoura invisível aparece em toda ceia de Natal, em toda festa de aniversário. Em toda caça de ovos de páscoa com seus filhos, os netos de seus pais, aquela cenoura fantasma paira por sobre todos eles. Isso é algo vergonhoso demais para dar um nome.

As pessoas na França possuem uma expressão: “sagacidade de escadas.” Em francês: esprit de l’escalier. Representa aquele momento em que você encontra a resposta, mas é tarde demais. Digamos que você está numa festa e alguém o insulta. Você precisa dizer algo. Então sob pressão, com todos olhando, você diz algo estúpido. Mas no momento em que sai da festa… enquanto você desce as escadas, então – mágica. Você pensa na coisa mais perfeita que poderia ter dito. A réplica mais avassaladora.

Esse é o espírito da escada.

O problema é que até mesmo os franceses não possuem uma expressão para as coisas estúpidas que você diz sob pressão. Essas coisas estúpidas e desesperadas que você pensa ou faz.

Alguns atos são baixos demais para receberem um nome. Baixos demais para serem discutidos.

Agora que me recordo, os especialistas em psicologia dos jovens, os conselheiros escolares, dizem que a maioria dos casos de suicídio adolescente eram garotos se estrangulando enquanto se masturbavam. Seus pais os encontravam, uma toalha enrolada em volta do pescoço, a toalha amarrada no suporte de cabides do armário, o garoto morto. Esperma por toda a parte. É claro que os pais limpavam tudo. Colocavam calças no garoto. Faziam parecer… melhor. Ao menos, intencional. Um caso comum de triste suicídio adolescente.

Outro amigo meu, um garoto da escola, seu irmão mais velho na Marinha dizia como os caras do Oriente Médio se masturbavam de forma diferente do que fazemos por aqui. Esse irmão tinha desembarcado num desses países cheios de camelos, onde o mercado público vendia o que pareciam abridores de carta chiques. Cada uma dessas coisas é apenas um fino cabo de latão ou prata polida, do comprimento aproximado de sua mão, com uma grande ponta numa das extremidades, ou uma esfera de metal ou uma dessas empunhaduras como as de espadas. Esse irmão da Marinha dizia que os árabes ficavam de pau duro e inseriam esse cabo de metal dentro e por toda a extremidade de seus paus. Eles então batiam punheta com o cabo dentro, e isso os fazia gozar melhor. De forma mais intensa.

Esse irmão mais velho viajava pelo mundo, mandando frases em francês. Frases em russo. Dicas de punhetagem.

Depois disso, o irmão mais novo, um dia ele não aparece na escola. Naquela noite, ele liga pedindo para eu pegar seus deveres de casa pelas próximas semanas. Porque ele está no hospital.

Ele tem que compartilhar um quarto com velhos que estiveram operando as entranhas. Ele diz que todos compartilham a mesma televisão. Que a única coisa para dar privacidade é uma cortina. Seus pais não o vem visitar. No telefone, ele diz como os pais dele queriam matar o irmão mais velho da Marinha.

Pelo telefone, o garoto diz que, no dia anterior, ele estava meio chapado. Em casa, no seu quarto, ele deitou-se na cama. Ele estava acendendo uma vela e folheando algumas revistas pornográficas antigas, preparando-se para bater uma. Isso foi depois que ele recebeu as notícias de seu irmão marinheiro. Aquela dica de como os árabes se masturbam. O garoto olha ao redor procurando por algo que possa servir. Uma caneta é grande demais. Um lápis, grande demais e áspero. Mas escorrendo pelo canto da vela havia um fino filete de vela derretida que poderia servir. Com as pontas dos dedos, o garoto descola o filete da vela. Ele o enrola na palma de suas mãos. Longo, e liso, e fino.

Chapado e com tesão, ele enfia lá dentro, mais e mais fundo por dentro do canal urinário de seu pau. Com uma boa parte da cera ainda para fora, ele começa o trabalho.

Até mesmo nesse momento ele reconhece que esses árabes eram caras muito espertos.

Eles reinventaram totalmente a punheta. Deitado totalmente na cama, as coisas estão ficando tão boas que o garoto nem observa a filete de cera. Ele está quase gozando quando percebe que a cera não está mais lá.

O fino filete de cera entrou. Bem lá no fundo. Tão fundo que ele nem consegue sentir a cera dentro de seu pau.

Das escadas, sua mãe grita dizendo que é a hora da janta. Ela diz para ele descer naquele momento. O garoto da cenoura e o garoto da cera eram pessoas diferentes, mas viviam basicamente a mesma vida.

Depois do jantar, as entranhas do garoto começam a doer. É cera, então ele imagina que ela vá derreter dentro dele e ele poderá mijar para fora. Agora suas costas doem. Seus rins. Ele não consegue ficar ereto corretamente.

O garoto falando pelo telefone do seu quarto de hospital, no fundo pode-se ouvir campainhas, pessoas gritando. Game shows.

Os raios-X mostram a verdade, algo longo e fino, dobrado dentro de sua bexiga. Esse longo e fino V dentro dele está coletando todos os minerais no seu mijo. Está ficando maior e mais espesso, coletando cristais de cálcio, está batendo lá dentro, rasgando a frágil parede interna de sua bexiga, bloqueando a urina. Seus rins estão cheios. O pouco que sai de seu pau é vermelho de sangue.

O garoto e seus pais, a família inteira, olhando aquela chapa de raio-X com o médico e as enfermeiras ali, um grande V de cera brilhando na chapa para todos verem, ele deve falar a verdade. Sobre o jeito que os árabes se masturbam. Sobre o que o seu irmão mais velho da Marinha escreveu.

No telefone, nesse momento, ele começa a chorar.

Eles pagam pela operação na bexiga com o dinheiro da poupança para sua faculdade. Um erro estúpido, e agora ele nunca mais será um advogado.

Enfiando coisas dentro de você. Enfiando-se dentro de coisas. Uma vela no seu pau ou seu pescoço num nó, sabíamos que não poderia acabar em problemas.

O que me fez ter problemas, eu chamava de Pesca Submarina. Isso era bater punheta embaixo d’água, sentando no fundo da piscina dos meus pais. Pegando fôlego, eu afundava até o fundo da piscina e tirava meu calção. Eu sentava no fundo por dois, três, quatro minutos.

Só de bater punheta eu tinha conseguido uma enorme capacidade pulmonar. Se eu tivesse a casa só para mim, eu faria isso a tarde toda. Depois que eu gozava, meu esperma ficava boiando em grandes e gordas gotas.

Depois disso eram mais alguns mergulhos, para apanhar todas. Para pegar todas e colocá-las em uma toalha. Por isso chamava de Pesca Submarina. Mesmo com o cloro, havia a minha irmã para se preocupar. Ou, Cristo, minha mãe.

Esse era meu maior medo: minha irmã adolescente e virgem, pensando que estava ficando gorda e dando à luz a um bebê retardado de duas cabeças. As duas parecendo-se comigo. Eu, o pai e o tio. No fim, são as coisas com as quais você não se preocupa que te pegam.
A melhor parte da Pesca Submarina era o duto da bomba do filtro. A melhor parte era ficar pelado e sentar nela.

Como os franceses dizem, Quem não gosta de ter seu cu chupado? Mesmo assim, num minuto você é só um garoto batendo uma, e no outro nunca mais será um advogado.
Num minuto eu estou no fundo da piscina e o céu é um azul claro e ondulado, aparecendo através de dois metros e meio de água sobre minha cabeça. Silêncio total exceto pelas batidas do coração que escuto em meu ouvido. Meu calção amarelo-listrado preso em volta do meu pescoço por segurança, só em caso de algum amigo, um vizinho, alguém que apareça e pergunte porque faltei aos treinos de futebol. O constante chupar da saída de água me envolve enquanto delicio minha bunda magra e branquela naquela sensação.

Num momento eu tenho ar o suficiente e meu pau está na minha mão. Meus pais estão no trabalho e minha irmã no balé. Ninguém estará em casa por horas.

Minhas mãos começam a punhetar, e eu paro. Eu subo para pegar mais ar. Afundo e sento no fundo. Faço isso de novo, e de novo.

Deve ser por isso que garotas querem sentar na sua cara. A sucção é como dar uma cagada que nunca acaba. Meu pau duro e meu cu sendo chupado, eu não preciso de mais ar. O bater do meu coração nos ouvidos, eu fico no fundo até as brilhantes estrelas de luz começarem a surgir nos meus olhos. Minhas pernas esticadas, a batata das pernas esfregando-se contra o fundo. Meus dedos do pé ficando azul, meus dedos ficando enrugados por estar tanto tempo na água.

E então acontece. As gotas gordas de gozo aparecem. É nesse momento que preciso de mais ar. Mas quando tento sair do fundo, não consigo. Não consigo colocar meus pés abaixo de mim. Minha bunda está presa.

Médicos de plantão de emergência podem confirmar que todo ano cerca de 150 pessoas ficam presas dessa forma, sugadas pelo duto do filtro de piscina. Fique com o cabelo preso, ou o traseiro, e você vai se afogar. Todo o ano, muita gente fica. A maioria na Flórida.
As pessoas simplesmente não falam sobre isso. Nem mesmo os franceses falam sobre tudo. Colocando um joelho no fundo, colocando um pé abaixo de mim, eu empurro contra o fundo. Estou saindo, não mais sentado no fundo da piscina, mas não estou chegando para fora da água também.

Ainda nadando, mexendo meus dois braços, eu devo estar na metade do caminho para a superfície mas não estou indo mais longe que isso. O bater do meu coração no meu ouvido fica mais alto e mais forte.

As brilhantes fagulhas de luz passam pelos meus olhos, e eu olho para trás… mas não faz sentido. Uma corda espessa, algum tipo de cobra, branco-azulada e cheia de veias, saiu do duto da piscina e está segurando minha bunda. Algumas das veias estão sangrando, sangue vermelho que aparenta ser preto debaixo da água, que sai por pequenos cortes na pálida pele da cobra. O sangue começa a sumir na água, e dentro da pele fina e branco-azulada da cobra é possível ver pedaços de alguma refeição semi-digerida.

Só há uma explicação. Algum horrível monstro marinho, uma serpente do mar, algo que nunca viu a luz do dia, estava se escondendo no fundo escuro do duto da piscina, só esperando para me comer.

Então… eu chuto a coisa, chuto a pele enrugada e escorregadia cheia de veias, e parece que mais está saindo do duto. Deve ser do tamanho da minha perna nesse momento, mas ainda segurando firme no meu cu. Com outro chute, estou a centímetros de conseguir respirar. Ainda sentindo a cobra presa no meu traseiro, estou bem próximo de escapar.
Dentro da cobra, é possível ver milho e amendoins. E dá pra ver uma brilhante esfera laranja. É um daqueles tipos de vitamina que meu pai me força a tomar, para poder ganhar massa. Para conseguir a bolsa como jogador de futebol. Com ferro e ácidos graxos Ômega 3.

Ver essa pílula foi o que me salvou a vida. Não é uma cobra. É meu intestino grosso e meu cólon sendo puxados para fora de mim. O que os médicos chamam de prolapso de reto. São minhas entranhas sendo sugadas pelo duto.

Os médicos de plantão de emergência podem confirmar que uma bomba de piscina pode puxar 300 litros de água por minuto. Isso corresponde a 180 quilos de pressão. O grande problema é que somos todos interconectados por dentro. Seu traseiro é apenas o término da sua boca. Se eu deixasse, a bomba continuaria a puxar minhas entranhas até que chegasse na minha língua. Imagine dar uma cagada de 180 quilos e você vai perceber como isso pode acontecer.

O que eu posso dizer é que suas entranhas não sentem tanta dor. Não da forma que sua pele sente dor. As coisas que você digere, os médicos chamam de matéria fecal. No meio disso tudo está o suco gástrico, com pedaços de milho, amendoins e ervilhas.

Essa sopa de sangue, milho, merda, esperma e amendoim flutua ao meu redor. Mesmo com minhas entranhas saindo pelo meu traseiro, eu tentando segurar o que restou, mesmo assim, minha vontade é de colocar meu calção de alguma forma.

Deus proíba que meus pais vejam meu pau.

Com uma mão seguro a saída do meu rabo, com a outra mão puxo o calção amarelo-listrado do meu pescoço. Mesmo assim, é impossível puxar de volta.

Se você quer sentir como seria tocar seus intestinos, compre um camisinha feita com intestino de carneiro. Pegue uma e desenrole. Encha de manteiga de amendoim. Lubrifique e coloque debaixo d’água. Então tente rasgá-la. Tente partir em duas. É firme e ao mesmo tempo macia. É tão escorregadia que não dá para segurar.

Uma camisinha dessas é feita do bom e velho intestino.

Você então vê contra o que eu lutava.

Se eu largo, sai tudo.

Se eu nado para a superfície, sai tudo.

Se eu não nadar, me afogo.

É escolher entre morrer agora, e morrer em um minuto.

O que meus pais vão encontrar depois do trabalho é um feto grande e pelado, todo curvado. Mergulhado na água turva da piscina de casa. Preso ao fundo por uma larga corda de veias e entranhas retorcidas. O oposto do garoto que se estrangula enquanto bate uma. Esse é o bebê que trouxeram para casa do hospital há 13 anos. Esse é o garoto que esperavam conseguir uma bolsa de jogador de futebol e eventualmente um mestrado. Que cuidaria deles quando estivessem velhinhos. Seus sonhos e esperanças. Flutuando aqui, pelado e morto. Em volta dele, gotas gordas de esperma.

Ou isso, ou meus pais me encontrariam enrolado numa toalha encharcada de sangue, morto entre a piscina e o telefone da cozinha, os restos destroçados das minhas entranhas para fora do meu calção amarelo-listrado.

Algo sobre o que nem os franceses falam. Aquele irmão mais velho na Marinha, ele ensinou uma outra expressão bacana. Uma expressão russa. Do jeito que nós falamos “Preciso disso como preciso de um buraco na cabeça…”, os russos dizem, “Preciso disso como preciso de dentes no meu cu…”

Mne eto nado kak zuby v zadnitse.

Essas histórias de como animais presos em armadilhas roem a própria perna fora, bem, qualquer coiote poderá te confirmar que algumas mordidas são melhores que morrer.
Droga… mesmo se você for russo, um dia vai querer esses dentes.

Senão, o que você pode fazer é se curvar todo. Você coloca um cotovelo por baixo do joelho e puxa essa perna para o seu rosto. Você morde e rói seu próprio cu. Se você ficar sem ar você consegue roer qualquer coisa para poder respirar de novo.
Não é algo que seja bom contar a uma garota no primeiro encontro. Não se você espera por um beijinho de despedida. Se eu contasse como é o gosto, vocês não comeriam mais frutos do mar.

É difícil dizer o que enojaria mais meus pais: como entrei nessa situação, ou como me salvei. Depois do hospital, minha mãe dizia, “Você não sabia o que estava fazendo, querido. Você estava em choque.” E ela teve que aprender a cozinhar ovos pochê.

Todas aquelas pessoas enojadas ou sentindo pena de mim…

Precisava disso como precisaria de dentes no cu.

Hoje em dia, as pessoas sempre me dizem que eu sou magrinho demais. As pessoas em jantares ficam quietas ou bravas quando não como o cozido que fizeram. Cozidos podem me matar. Presuntadas. Qualquer coisa que fique mais que algumas horas dentro de mim, sai ainda como comida. Feijões caseiros ou atum, eu levanto e encontro aquilo intacto na privada.

Depois que você passa por uma lavagem estomacal super-radical como essa, você não digere carne tão bem. A maioria das pessoas tem um metro e meio de intestino grosso. Eu tenho sorte de ainda ter meus quinze centímetros. Então nunca consegui minha bolsa de jogador de futebol. Nunca consegui meu mestrado. Meus dois amigos, o da cera e o da cenoura, eles cresceram, ficaram grandes, mas eu nunca pesei mais do que pesava aos 13 anos.

Outro problema foi que meus pais pagaram muita grana naquela piscina. No fim meu pai teve que falar para o cara da limpeza da piscina que era um cachorro. O cachorro da família caiu e se afogou. O corpo sugado pelo duto. Mesmo depois que o cara da limpeza abriu o filtro e removeu um tubo pegajoso, um pedaço molhado de intestino com uma grande vitamina laranja dentro, mesmo assim meu pai dizia, “Aquela porra daquele cachorro era maluco.”
Mesmo do meu quarto no segundo andar, podia ouvir meu pai falar, “Não dava para deixar aquele cachorro sozinho por um segundo…”

E então a menstruação da minha irmã atrasou.

Mesmo depois que trocaram a água da piscina, depois que vendemos a casa e mudamos para outro estado, depois do aborto da minha irmã, mesmo depois de tudo isso meus pais nunca mencionaram isso novamente.

Nunca.

Essa é a nossa cenoura invisível.

Você.

Agora você pode respirar.

Eu ainda não.



quarta-feira, 30 de outubro de 2013

À Sombra da Lua - Marcos DeBrito


O mito do lobisomem é universal. De núcleos tribais a grandes civilizações, todos já esbarraram no estranho caso do homem que vira fera. O progresso e a tecnologia relegam esses saberes ao campo do folclore e do obscuro, mas a lua não permite à alma humana esquecer o poder oculto que se esconde e se revela em ciclos.


É na fronteira entre o civil e o selvagem, Deus e o desejo, o barro e o vil metal, o espírito e a carne, a fome e o sacrifício, que vaga o lobisomem. A criatura maldita está ilustrada nos contos infantis; nas grandes capitais ou nas vilas rupestres, suas híbridas pegadas prenunciam a sombra de algo que não deveria existir. Mas existe.

À Sombra da Lua aponta uma chama trêmula, porém esclarecedora, sobre a encarnação do homem lobo em “terra brasilis”, considerando – e até elucidando – os aspectos e os desdobramentos mais curiosos de sua estranha condição. Racionalidade e mistério se confrontam numa narrativa madura, e o resultado é uma luta de facas entre sina e paixão. A abordagem de Marcos DeBrito confere ao texto um fôlego brutal. Perspectivas mudam à maneira das fases lunares e, ao fim, o que vemos raiar do nevoeiro é um monstruoso clássico do gênero.

A literatura brasileira de horror não possuía um relato tão tétrico e macabro sobre um personagem tão comum - o que prova sua capacidade de disfarçar-se e esconder-se, a despeito do quanto esteja presente, ou até que a lua o revele. Aqui está, então, nas letras lunares de Marcos DeBrito, o causo da Vila Socorro, conforme me foi outrora contado...

Confira a entrevista e novidades no blog Entre Resenhas (Rê Souza)


Gil, Roberto e Erasmo divulgam vídeo sobre biografias


Os músicos Gilberto Gil, Roberto Carlos e Erasmo Carlos estão em um vídeo divulgado pelo grupo Procure Saber nas redes sociais, nesta terça-feira à noite.



Durante quase cinco minutos, os três artistas se intercalam na tarefa de explicar a posição da associação, que à princípio se colocou contra a mudança na legislação que permitiria a circulação de biografias sem autorização prévia de seus personagens. O Procure Saber é presidido pela produtora Paula Lavigne e também integrado por Caetano Veloso, Chico Buarque, Djavan, e outros.


No vídeo, os três artistas defendem o direito à privacidade e à intimidade, entretanto sinalizam a necessidade de encontrar um equilíbrio entre eles e o direito que o público tem à informação.


terça-feira, 29 de outubro de 2013

Suspense policial de J.K Rowling ganha ares de "best seller"


A agitação nas ruas era como o zumbido das moscas. Os fotógrafos amontoados atrás das cercas vigiadas pela polícia, com suas grandes câmaras preparadas e a respiração se elevando como vapor". Assim começa "O Chamado do Cuco" (The Cuckoo's Calling), o suspense policial de J.K Rowling que será lançado no país no dia 1º de novembro pela Editora Rocco.


Embora a renomada autora britânica tenha se apresentado sob o pseudônimo Robert Galbraith, um nome que, segundo ela, foi escolhido para se libertar da pressão relacionada ao êxito mundial da saga Harry Potter, a identidade da autora trouxe mais visibilidade ao lançamento.

Desta vez, o secretismo que acompanha os livros de J.K Rowling alcançou seu máximo expoente, já que, ao ser publicado no Reino Unido no último mês de abril, ninguém suspeitava que sob o desconhecido nome de Robert Galbraith estava a criadora do mago mais famoso da literatura.

No entanto, seu anonimato se estendeu somente até julho, quando o jornal britânico "The Sunday Times", após uma complexa investigação, revelou a verdadeira identidade da autora da obra.

A partir daí, o livro, que até então tinha vendido cerca 1,5 mil exemplares, teve suas vendas disparadas, se transformando em um dos favoritos dos leitores e um potencial "best seller".

Protagonizada por Cormoran Strike, a trama do novo livro de J.K Rowling narra as
andanças de um ex-combatente de guerra reconvertido em um detetive privado que terá que averiguar um suposto caso de suicídio.

Neste aspecto, o novo livro da autora britânica deve ser o primeiro de uma saga detetivesca baseada na figura de Strike, embora ainda não haja informações confirmadas sobre o lançamento de um segundo livro. 






segunda-feira, 28 de outubro de 2013

"O Tempo e o Vento" - Romance histórico?


Muito já se escreveu sobre O Tempo e o Vento, de Erico Verissimo. E algumas imprecisões de interpretação foram tão repetidas que se transformaram em verdade. Uma delas se refere ao enquadramento da obra como romance histórico. Com a chegada às telas de uma versão do romance para o cinema, com direção de Jayme Monjardim, essa “classificação” volta a aparecer. Uma boa hora para defender a ideia, sem a pretensão de encerrar o assunto, de que O Tempo e o Vento não é e nem pode ser um romance histórico.


Inicialmente, é preciso dizer que não existe consenso sobre o gênero em que se enquadra a obra mais expressiva de Erico Verissimo. Se alguns a consideram um romance histórico, outros acreditam tratar-se de um épico. Também foi chamada de crônica política, novela, romance de formação e, pelo próprio autor, de romance-rio. Pela complexidade da trilogia, seja pela alternância de perspectiva narrativa ou pela própria estrutura, é natural a variedade de definições. O “problema” é que essas leituras geralmente partem de extratos narrativos isolados do romance.


Publicado em três partes (O Continente, O Retrato e O Arquipélago), o romance foi concebido como uma unidade e preserva as mesmas características estéticas e formais em seu conjunto, variando apenas as questões temáticas. Por isso, para fins de uma definição de gênero, é fundamental considerar a trilogia como um todo. 


sábado, 26 de outubro de 2013

Asterix volta às livrarias após oito anos


O valente gaulês Asterix retorna às livrarias nesta quinta-feira, em 15 países, com o 35º álbum da série, lançado com uma tiragem inicial de cinco milhões de exemplares.


Asterix entre os Pictos, álbum de 48 páginas e o primeiro da série sem o desenhista Uderzo, se mantém fiel à poção mágica, desta vez em uma história baseada na Escócia.

Os dois novos autores são o roteirista Jean-Yves Ferri e o desenhista Didier Conrad, que captou o traço de Uderzo.

As novas aventuras de Asterix, que já vendeu mais de 352 milhões de álbuns em sua história, terão uma tiragem inicial de 2 milhões de exemplares para a França e de 3 milhões para o restante do mundo.

"Na melhor tradição das aventuras do mais famoso gaulês", a nova história é "uma viagem épica até uma terra de ricas tradições e à descoberta de um povo cujas diferenças culturais se traduzem em piadas e trocadilhos memoráveis", destaca o site oficial de Asterix.

No Brasil, o livro é editado pela Record.



quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Biblioteca Pública de Kansas City


Esta é a fachada da Biblioteca Pública de Kansas City, nos Estados Unidos. A fachada é composta por uma imitação de 22 lombadas gigantes de livros, que medem 7,5m de altura por 2,70m de largura, representando títulos significativos de diferentes áreas da literatura. Muito interessante, não?



Autobiografia de Morrissey vende mais que novo livro de "Bridget Jones"


Em apenas uma semana, a tão aguardada autobiografia de Morrissey já virou um best-seller. A obra, lançada pela editora Penguin, superou o número de vendas de "Mad About the Boy", livro mais recente da série "Bridget Jones", de Helen Fielding. Um número próximo a 35 mil cópias foram comercializadas nas livrarias da Europa. Já o livro de Fielding alcançou a marca de 32 mil exemplares vendidos.


Como primeiro lugar na lista dos mais vendidos no Reino Unido, as 457 páginas retratam a vida do ex-vocalista dos Smiths. Esta é a autobiografia musical mais bem sucedida desde 1998. Antes desta, o recorde pertencia a "Life", do guitarrista Keith Richards, com 28 mil cópias.




quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Radcliffe é eleito jovem mais rico do Reino Unido


Estrelar a saga Harry Potter desde os dez anos de idade fez bem não só à carreira de Daniel Radcliffe, mas principalmente para sua conta bancária. Segundo pesquisa realizada pela revistaHeat, o ator é a jovem celebridade britânica mais rica no mundo do showbizz, eleito pelo terceiro ano consecutivo.


De acordo com o levantamento, Radcliffe faturou sozinho US$ 90,64 milhões, mesmo após o fim da saga Harry Potter. Seu marco é seguido no ranking pelas cifras adquiridas pelos garotos do One Direction, que juntos arrecadaram US$ 95,7 milhões no último ano.

Em terceiro lugar na lista das maiores fortunas entre astros com menos de 30 anos vem Robert Pattinson (Crepúsculo), com US$ 71,2 milhões, seguido por Keira Knightley (Piratas Do Caribe), com US$ 60,1 milhões, e Emma Watson (Bling Ring: A Gangue De Hollywood), com US$ 45 milhões.



terça-feira, 22 de outubro de 2013

A praga da leitura obrigatória


Quer convencer alguém a abandonar um hábito prazeroso? Basta transformá-lo em obrigação. Nos esportes, é comum ver amadores talentosos abandonando seus sonhos ao deparar com a rotina árdua necessária para competir profissionalmente. No mundo da cultura ocorre algo semelhante. Conheci aspirantes a críticos de cinema que passaram a detestar filmes após experimentar a rotina de assistir a cinco ou seis estreias desinteressantes semanalmente.
 
Talvez isso explique nossa obsessão por games estúpidos e redes sociais: como ninguém nos obriga a passar horas jogando Candy Crush ou navegando no Facebook, podemos gastar nosso tempo assim por puro prazer. Se fôssemos forçados a isso, provavelmente buscaríamos refúgio noutras atividades, como resolver o cubo mágico, elaborar uma tese de doutorado ou descobrir a cura do câncer. Talvez até lêssemos mais livros, se não houvesse tanta gente tentando transformar a leitura numa obrigação.

O assunto é delicado, sobretudo no que diz respeito às escolas. As leituras obrigatórias têm uma importância pedagógica enorme. Os alunos precisam aprender literatura e interpretação de textos na escola, e ler é sem dúvida a melhor maneira de fazê-lo. Dito isso, não é difícil perceber que obrigar um aluno a ler um livro e fazer uma prova sobre ele é uma péssima maneira de incentivar a leitura. Muitos desistem dos livros após a formatura. Outros até voltam a ler, mas deixam de lado os autores que a escola lhes forçou goela abaixo. É raro ver um adulto lendo Machado de Assis, por exemplo.

A ironia refinada de um dos maiores escritores da história do país é desperdiçada em adolescentes que leem resumos de seus livros, decoram nomes de personagens, respondem a perguntas de vestibular e, depois, esquecem-se dele para sempre. O lirismo de Manuel Bandeira torna-se uma chatice insuportável quando somos obrigados a nos comover com ele. Até o humor de Macunaímaperde toda a graça.

Felizmente há jovens que sobrevivem a esse teste e tornam-se leitores. Alguns conseguem enxergar a genialidade desses escritores, apesar da obrigação de ler suas obras. A maioria redescobre as livrarias graças a autores populares. J. K. Rowling, John Green, Paulo Coelho, Thalita Rebouças e dezenas de outros, cujos livros felizmente não entram na lista do vestibular e podem ser lidos apenas por diversão.


Por Danilo Venticinque

Leia o texto na integra aqui!


sábado, 19 de outubro de 2013

A Outra Sombra - Opinião do leitor


Confira o que andam falando sobre A Outra Sombra ;)

A Outra Sombra no Skoob

"Max conseguiu construir personalidades tão fortes e de certa forma assustadoras que em determinados momentos cheguei a sentir medo por todos os outros que os rodeavam, sabendo que não sairia nada de bom de pessoas tão vis como tais personagens. E o mais cruel de todos os vilões são certamente as nossas escolhas, que nos leva a vingança, ou a atos extremos dos quais em sã consciência poderíamos nos arrepender."
Por Juh Zanotti (Blog LiteRata)
Ana Carolina (blog Cupcake de Letras)

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“Max Moreno escreve de forma tão doce, cheia de vida e sentimentos que chegava á ser poesia aos meus olhos, como também escreve de forma tão melancólica em certas partes que senti um aperto no coração (...)

Por vezes fui obrigada á anotar partes do livro e colá-las pelas paredes do quarto, acho que me prendi tanto á leitura que acabei me envolvendo demais (...)”
Por Dieny Burns (Blog meu Eterno Inverno)

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"A narrativa de Moreno é fluida, gostosa e transcorre como um riacho calmo. É muitas vezes filosófica e soa poética nas descrições. O modo como ele começa cada trecho é muito inteligente, a ação vem primeiro e depois a história que a justifica.

O livro é narrado em primeira pessoa, sob o ponto de vista de Vinicius (...) 
(...) quando o peguei acreditava tratar-se de um livro bem sombrio e forte, e o que encontrei foi vida, como ela é, doce e amarga."Por Bruna Costenaro (Blog House of Chick)

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"A Outra Sombra realmente me surpreendeu. Foi além de minhas expectativas. O autor consegue uma ótima narrativa, e com suas palavras, deixa momentos tensos mais leves (...)


Ao terminar de ler o livro, fiquei com uma sensação muito boa. Esses são aqueles livros que nos fazem refletir, sabe... Um final misterioso, instigante e envolvente. Amei S2..."
Por Feh Almeida (
Blog Mania Compulsiva porLivros)


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"Quando acabei, resisti à tentação de reabrir a primeira página, não para começar a ler novamente, mas simplesmente para continuar a leitura.

O final. Bem, o final é inquietante. Absolutamente inquietante." 

Por Nadja Moreno (
Blog Escrev'Arte)




Pôster oficial – A Menina que roubava livros


A Fox Film do Brasil (Oficial) acaba de divulgar com exclusividade para a Intrínseca o pôster oficial brasileiro do filme A Menina que Roubava Livros. A data de estreia no país também já está marcada: dia 31 de janeiro.






50 Tons de Cinza: Filho de Eastwood é cotado pra viver Christian Grey


De acordo com o site Just Jared, o filho do ator Clint Eastwood (Curvas Da Vida), Scott Eastwood, pode ser o protagonista de 50 Tons de Cinza. O ator chegou a perguntar a opinião dos fãs no Twitter. 


O rapaz, que virou febre na internet após um ensaio fotográfico, pode estar a caminho de Hollywood. Segundo o site, os produtos do longa estão considerando a contratação do moço para viver o personagem sadomasoquista Christian Grey. 

Scott usou o Twitter para perguntar o que os fãs achavam da ideia. "O que é essa conversa toda sobre 50 Tons de Cinza? O que vocês acham? Me contem", escreveu no microblog.

O papel está em aberto desde que Charlie Hunnam (Círculo De Fogo) deixou o projeto. Vale lembrar que Alexander Skarsgard (Melancolia) também está sendo considerado pelos produtores. 

Dakota Johnson (A Fera) já está confirmada no longa como estudante de literatura Anastasia Steele. A adaptação será dirigida por Sam Taylor-Johnson. O lançamento está previsto já para 2014.